O Itamaraty repudiou atos de terrorismo e manifestações de antissemitismo em nota divulgada neste domingo, 14, depois de um atentado ocorrido em Sydney, na Austrália, durante uma celebração judaica. Até o momento, o ataque resultou na morte de 16 pessoas e deixou cerca de 40 feridos. + Leia mais notícias de Política em Oeste Na nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou ter tomado conhecimento do caso “com consternação” e expressou solidariedade “às famílias das vítimas, às pessoas feridas e a todos os demais afetados, bem como ao povo e ao Governo australianos”. O comunicado também informa que, até o momento, não há registro de cidadãos brasileiros entre as vítimas. O Itamaraty declarou ainda que “reafirma seu enérgico repúdio a todo ato de terrorismo e a quaisquer manifestações de antissemitismo, ódio e intolerância religiosa”. O Consulado-Geral do Brasil em Sydney acompanha a situação. Pelo menos 16 mortos durante ataque na Austrália O atentado aconteceu na praia de Bondi, em Sydney, durante uma celebração do feriado judaico de Chanucá, que reunia centenas de pessoas. De acordo com as informações divulgadas, a polícia prendeu um dos suspeitos e baleou o outro, que não resistiu aos ferimentos. Testemunhas relataram cenas de pânico no local, enquanto equipes de segurança e de resgate atuavam no atendimento às vítimas. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou o episódio como “ chocante e devastador ” e manifestou solidariedade aos afetados. Atiradores atacaram pessoas durante celebração do Chanucá na Austrália | Foto: Reprodução/Redes Sociais Governo Lula foi acusado de antissemitismo A condenação do Itamaraty ao antissemitismo ocorre menos de quatro meses depois de o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antissemitismo em publicação nas redes sociais. No texto, Katz afirmou que Lula “revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas” ao retirar o Brasil da IHRA, organização internacional criada para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel. Segundo o ministro israelense, a decisão colocou o Brasil “ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel”. Katz também relembrou um episódio anterior, ao declarar que, quando atuava como ministro das Relações Exteriores, considerou Lula persona non grata em Israel depois de declarações do presidente brasileiro sobre o Holocausto, condição que, segundo ele, só foi revertida depois de um pedido de desculpas. Na publicação, Katz afirmou ainda que Israel continuará a se defender “contra o eixo do mal do islamismo radical, mesmo sem a ajuda de Lula e seus aliados”, e concluiu ser “uma vergonha para o maravilhoso povo brasileiro” que Lula seja o presidente do país, ao acrescentar que “dias melhores ainda virão para a relação entre nossos países”. Leia também: “Festival de terror” , artigo de Miriam Sanger publicado na Edição 237 da Revista Oeste O post Itamaraty repudia antissemitismo em nota sobre atentado na Austrália apareceu primeiro em Revista Oeste .