A direção dos Correios encaminha nesta segunda-feira a minuta do contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões para aprovação do Tesouro Nacional, avalista da operação. Segundo interlocutores envolvidos nas discussões, o valor será liberado em três parcelas, sendo R$ 6 bilhões neste ano e o restante em 2026. Natal dos ‘achadinhos’: Tarifaço de Trump inunda Brasil de importados da China 'Vai ter que ter uma reinvenção dos Correios', diz Haddad em entrevista exclusiva O prazo de pagamento ficou em 15 anos, com três anos de carência e os juros equivalentes a 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ao ano, taxa de referência os empréstimos diários entre os bancos e próxima à Selic. O aporte está sendo financiado por cinco grandes bancos: Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander. A expectativa é que o Tesouro aprove a operação, porque as negociações foram conduzidas de forma conjunta. Além disso, o valor da taxa de juros ficou abaixo da referência usada pelo Tesouro para operações com aval da União. Concluída essa etapa, o Conselho de Administração se reúne para autorizar a contratação. PDV: Correios aumentam plano de demissão voluntária para 15 mil funcionários e mudanças no plano de saúde O socorro aos Correios é condicionado a um plano de reestruturação da estatal com medidas de corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a ter lucro em 2027. A estratégia é desligar 15 mil funcionários, sendo 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027, via plano de demissão voluntária (PDV), e fechar 1 mil unidades. Do lado da receita, estão previstas parcerias com o setor privado para ampliar o leque de serviços prestados. Initial plugin text Na penúltima rodada, o pool de bancos, formado Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Banco do Brasil e Safra propuseram juros equivalentes a 136% do CDI para conceder um empréstimo de R$ 20 bilhões. A proposta foi recusada pelo Tesouro, justamente por superar o padrão normalmente observado, de 120% do CDI, para operações com aval da União.