O concurso Miss Universo anunciou, neste domingo, que fechará seus escritórios na Cidade do México após denunciar o que chama de "ataques infundados" com "motivações políticas" que estão impedindo seu funcionamento adequado. Entenda: Miss Jamaica teve fratura e hemorragia intracraniana após queda no Miss Universo 2025 Este anúncio ocorre dias depois da revelação de que um dos proprietários do concurso, o empresário mexicano Raúl Rocha Cantú, enfrenta acusações desde 2024 por tráfico de drogas, armas e combustível roubado no México. As condições atuais no México "não oferecem um ambiente adequado ou estável para o funcionamento seguro e eficaz de uma organização internacional desta magnitude", afirmou um comunicado de imprensa do Miss Universo, que consolidará todas as suas operações em Nova York. Os fatores que levaram a esta decisão, acrescenta o documento assinado por Rocha Cantú, são "incerteza jurídica", insegurança no país e "ataques infundados e com motivação política". Este ano, o concurso, realizado em 21 de novembro na Tailândia, foi vencido pela mexicana Fátima Bosch, também em meio a controvérsias após uma discussão com um dos diretores do concurso e alegações de ex-jurados de que ela teria sido favorecida na vitória. Segundo colunistas políticos mexicanos, o caso chegou até Alejandro Gertz, que renunciou ao cargo de Procurador-Geral do México em 27 de novembro a pedido da prefeita Claudia Sheinbaum, alegando que seria nomeado embaixador. Mas reportagens jornalísticas sugerem que outro motivo pode ter sido o atrito entre o ex-Procurador-Geral e a prefeita após o vazamento de detalhes sobre as investigações contra Rocha Cantú. Este empresário também é acusado de ter negócios com o pai da atual Miss Universo, Bernardo Bosch, ex-executivo da estatal petrolífera mexicana Pemex, que nega as acusações.