Duas bandeiras do Estado Islâmico foram encontradas no carro dos suspeitos do ataque antissemita na Praia de Bondi, em Sydney , na Austrália, que deixou ao menos 16 mortos e cerca de 40 feridos no sábado 14. Pai e filho — Sajid Akram, de 50 anos, e Navved Akram, de 24 anos — são apontados como autores. Uma das bandeiras estava sobre o capô do veículo. A informação foi repassada por autoridades, sob condição de anonimato, à emissora australiana ABC News. + Número de mortos em atentado antissemita na Austrália sobe para 16 Navved Akram já havia sido investigado por terrorismo. Em 2019, a agência de inteligência interna da Austrália apurou possíveis ligações dele com uma célula do Estado Islâmico sediada em Sydney, depois da descoberta de um plano terrorista frustrado. O jovem foi monitorado por cerca de seis meses, mas os investigadores concluíram, à época, que ele não representava uma “ameaça contínua”, segundo a mídia local. Além das bandeiras, a polícia encontrou artefatos explosivos improvisados no carro, na Rua Campbell. Os fragmentos foram removidos por especialistas do esquadrão antibombas. As forças de segurança também realizam buscas na casa da família. A mãe de Navved estaria no local. A área já havia sido isolada na noite anterior. O ataque antissemita na Austrália Atiradores atacaram pessoas durante celebração do Chanucá na Austrália | Foto: Reprodução/Redes Sociais O ataque ocorreu durante uma celebração judaica. Vídeos gravados por testemunhas mostram quando dois homens vestidos de preto atiram de uma ponte em direção a um estacionamento próximo à praia. O pai foi baleado e morto pela polícia ainda no local. O filho foi socorrido em estado crítico. Mais de 40 ambulâncias foram mobilizadas, e dois policiais ficaram feridos. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste Desde outubro de 2023, a Austrália registra uma série de ataques antissemitas contra sinagogas, prédios e veículos. O país abriga entre 110 mil e 120 mil judeus — uma das maiores comunidades judaicas fora de Israel e dos Estados Unidos. Reações ao incidente O premiê de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que o crime foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou o ataque como “chocante e angustiante”. O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que judeus que celebravam o Hanukkah foram atacados por “terroristas vis”. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, condenou o “ataque hediondo e mortal”. No Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestou “profunda tristeza e indignação”, afirmando tratar-se de um ato cruel, movido pelo ódio e pelo antissemitismo. Leia também: "O racismo anti-Israel" , artigo de Brendan O'Neill, da Spiked , na Edição 300 da Revista Oeste O post Bandeiras do Estado Islâmico foram encontradas em ataque antissemita na Austrália apareceu primeiro em Revista Oeste .