Enquanto o Flamengo vive em Doha, no Catar, a expectativa de conquistar o bicampeonato mundial nesta quarta-feira, quando enfrent o Paris Saint-Germain na final da Copa Intercontinental, um rubro-negro passa longe de estar tendo uma boa experiência no Oriente Médio. O torcedor foi preso pela polícia local na semana passada por uso de documentação irregular. Ele se encontra em liberdade provisória e aguarda julgamento. Seus pertences, como o celular, ficaram em posse da polícia. O flamenguista, cujo nome será ocultado neste momento porque a família teme represálias das autoridades cataris, é membro de uma das maiores organizadas do clube e foi detido na chegada ao estádio Ahmad bin Ali para a estreia do torneio — a vitória por 2 a 1 sobre o Cruz Azul, na última quarta-feira. Ele teria apresentado documentação irregular para tentar entrar com uma faixa da organizada na arena — o Catar exige uma autorização especial para isso. "Houve um incidente na entrada do estádio, três cidadãos brasileiros foram detidos, dois já foram liberados, e a embaixada em Doha está acompanhando o caso e prestando o apoio consular", informou a assessoria do Itamaraty em nota. O torcedor viajou a Doha com a namorada, que pediu ao GLOBO que não revelasse nomes ou imagens. A defesa do flamenguista não quis se pronunciar. Procurado pelo GLOBO, o Itamaraty garantiu estar oferecendo a assistência necessária, mas não quis dar mais detalhes sobre o caso. "O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Doha, tem conhecimento do caso e presta a assistência consular cabível ao nacional brasileiro", disse o órgão em comunicado. O torcedor não conseguiu acompanhar nenhuma das partidas do Intercontinental e também não poderá ir à decisão. Flamengo e PSG se enfrentam às 14h (de Brasília) desta quarta-feira, no mesmo Ahmad bin Ali.