O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (15) um decreto que classifica o fentanil ilícito e substâncias usadas na fabricação da droga como “armas de destruição em massa”. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A ordem executiva foi assinada após uma cerimônia de entrega de medalhas a militares envolvidos em operações de vigilância na fronteira dos Estados Unidos com o México. "Nenhuma bomba causa o dano que isto está fazendo: entre 200 mil e 300 mil pessoas morrem a cada ano, que nós sabemos", declarou Trump. A medida define o opioide como uma substância comparável a uma arma química. O texto afirma que apenas dois miligramas da droga podem ser letais. O governo americano sustenta que a produção e a distribuição do fentanil são conduzidas principalmente por redes de organizações criminosas e cartéis, que financiam operações ilegais, inclusive assassinatos e ações terroristas. A Casa Branca também cita o risco de uso da substância em ataques terroristas de grande escala dentro do território americano por "adversários organizados". Pelo decreto, o Departamento de Justiça deve intensificar investigações e processos contra o tráfico de fentanil, com possibilidade de penas mais severas. As secretarias de Estado e do Tesouro serão responsáveis por adotar sanções contra ativos e instituições financeiras ligadas à produção e à venda da droga. O texto também autoriza a avaliação do uso de recursos do Departamento de Guerra para apoiar ações de aplicação da lei e determina a atualização de diretrizes das Forças Armadas para incluir o fentanil como ameaça química em território nacional. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da agência da ONU para drogas e crimes, o consumo de entorpecentes cresceu ligeiramente nos EUA nos últimos anos, principalmente devido à epidemia de fentanil. Embora as substâncias químicas que compõem o fentanil venham da China, a droga é produzida em milhares de laboratórios no México e levada aos EUA pela fronteira.