Sargento que morreu após bater em caminhão no AC havia perdido a mãe há 1 ano: 'Era o lado forte da família'

Edson Barros de Oliveira, de 46 anos morreu em um acidente de transito no interior do AC O segundo sargento da Polícia Militar (PM-AC) Edson Barros de Oliveira, de 46 anos, morto após colidir contra um caminhão na BR-317 em Senador Guiomard, interior do Acre na última sexta-feira (12), foi enterrado sob forte comoção na manhã desta segunda-feira (15). O cortejo teve a presença de colegas militares e contou com um caminhão do Corpo de Bombeiros e helicóptero do Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Cipoaer). (Veja vídeo acima) Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Edson Barros de Oliveira, de 46 anos, morreu em um acidente de trânsito no interior do Acre Arquivo pessoal O velório aconteceu em Senador Guiomard, cidade natal do sargento. Após, o corpo saiu até o Cemitério São Francisco Xavier, onde foi enterrado ao lado da sepultura dos pais. A mãe do sargento havia falecido há cerca de um ano, segundo a família. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rômulo Barros, o condutor do caminhão envolvido no acidente, foi ouvido e a 'investigação está em andamento'. Ao g1, a sobrinha do sargento, Aline de Oliveira, disse que no dia do acidente, o tio retornava do município de Capixaba, no interior do Acre, em direção a Rio Branco. A polícia ainda não sabe como se deu a dinâmica do acidente. LEIA MAIS Sargento da PM morre após bater em caminhão em rodovia no interior do Acre Mulher morre e dois ficam feridos após peruanos capotarem carro em rodovia no AC Morre empresário Rodrigo Pires, aos 36 anos, em acidente no Acre "Até o momento, sabemos apenas que ele retornava à noite de Capixaba e o caminhão estava na pista, sem sinalização. A notícia do falecimento foi recebida com muita incredulidade e várias perguntas se realmente se tratava dele, estamos ainda em profunda tristeza", disse. De acordo com a PM, Barros chegou a se formar no Curso de Ações Táticas Especiais (Cate), e ainda fez parte do Curso de Patrulhamento em Ambiente Rural (Cepar), quando esteve em formação no estado do Mato Grosso. À época, o sargento serviu a força nacional um Programa do Governo Federal. Lado forte da família Aline e o tio, Edson Barros de Oliveira Arquivo pessoal Forte, protetor e considerado um pai. É assim que a sobrinha resumiu as qualidades do tio que deixou três filhas biológicas e outras que ele ajudava, consideradas 'de coração'. "Meu tio nunca esteve no lado frágil da vida, era o lado forte da família, um tio tão presente que é impossível não denominá-lo como pai. O único que unia todos da família. Era de uma humanidade ímpar que demonstrava que o melhor valor que temos na vida são as pessoas", pontuou emocionada. Ainda segundo a sobrinha, um dos momentos mais especiais na carreira do sargento, foi a conclusão do Curso de Operações Policiais Especiais (Coesp) ocorrido em 2013, no estado do Mato Grosso, considerado o curso máximo das forças policiais. "Ele sempre buscou se especializar dentro da corporação. Quando esteve no Mato Grosso, fez muitos amigos. Quando eles souberam da notícia [da morte] viajaram quase 2 mil km para prestar suas últimas homenagens", afirmou. Caveira 20 O comandante interino da Polícia Militar em Cruzeiro do Sul, capitão Thales Campos, trabalhou por seis anos com o sargento Edson na capital, e disse que a perda deixou um vazio a quem conviveu com ele. "Sempre foi dedicado, íntegro e trabalhador. É uma perda insubstituível e um grande choque perder um companheiro, um amigo para todas as horas. O capitão pontuou também que o sargento Barros, como era conhecido, trabalhava intensamente pela PM-AC, tendo, inclusive, atuado em ocorrências de grande relevância. "Esteve à frente de várias cadeiras de instrução, de assalto tático, combate em ambiente confinado, cadeiras de tiro. Foi um homem dedicado e honesto que tinha um extenso currículo de atuação policial, de defesa da sociedade", confirmou. Relembre o caso Edson morreu na noite da última sexta-feira (12), após colidir seu carro contra um caminhão que havia parado na rodovia, devido a um problema mecânico. Acidente ocorreu próximo ao posto de fiscalização do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) Ao g1, o delegado Rômulo Barros disse que o condutor do veículo chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apenas constatou o óbito. Com a chegada da polícia, foi feito o teste de bafômetro no motorista do caminhão, que teve resultado negativo. “O caminhão quebrou no meio da pista, e logo após o condutor parar para sinalizar o local com galhos, houve a colisão, onde o sargento acabou batendo na traseira do caminhão”, resumiu. VÍDEOS: g1