'Sentimento é de esperança', diz amiga de advogada que saiu do coma dois meses após salvar família de incêndio no PR

Após quase dois meses internada em coma induzido, a advogada Juliane Vieira, de 28 anos, começou a acordar e já apresenta sinais de recuperação, embora o quadro ainda exija cuidados intensivos. Amigos próximos relatam que a jovem, que teve cerca de 63% do corpo queimado ao salvar a mãe e o primo de um incêndio em Cascavel (PR), segue passando por procedimentos médicos frequentes e por um delicado processo de acompanhamento psicológico. Frente Parlamentar da Agropecuária: Bancada agro vê 'pontos importantes' no voto de Gilmar, mas externa 'preocupação' com derrubada do marco temporal Apagão: Número de imóveis sem luz volta a subir em SP e passa de 60 mil Amiga de infância de Juliane, Alanna Koerich explicou que pessoas próximas foram orientadas pela família a manter discrição sobre o estado de saúde da advogada. Segundo ela, a notícia de que Juliane havia acordado chegou aos amigos ao mesmo tempo em que se tornou pública. — Ela acordou, mas ainda está num momento de processar tudo. Tem uma parte psicológica muito difícil. Ela passa por procedimentos e, quando isso acontece, precisa ser sedada novamente — afirmou Alanna. Juliane Vieira praticava crossfit no Paraná Reprodução / Redes sociais Alanna destacou que, apesar do avanço, ainda há poucas informações compartilhadas com o círculo de amizades e não há previsão de visitas: — O sentimento é de esperança, conforto, mas também existe um distanciamento. Até onde eu sei, ela não quer receber visitas agora — disse. Juliane está internada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina, referência no atendimento a pacientes com queimaduras. Ela ficou gravemente ferida ao resgatar a mãe, Sueli Vieira, de 51 anos, e o primo Pietro, de 4, durante um incêndio em um apartamento no centro de Cascavel, no oeste do Paraná, no dia 15 de outubro. Sueli é mãe de Juliane Vieira, advogada que salvou a família de incêndio, no Paraná Reprodução / Redes sociais Outro amigo próximo, Jeferson Espósito, contou que já vinha recebendo atualizações positivas diretamente da mãe da advogada e comemorou as melhoras graduais. — Eu estou bem feliz. A mãe dela já vinha me atualizando dessas melhoras significativas — afirmou. Segundo Sueli Vieira, em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o estado de saúde da filha ainda é delicado, mas há evolução gradual. Nesta segunda-feira (15), o incêndio completou dois meses. No fim de novembro, a Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que o fogo não foi intencional, tendo começado na cozinha do apartamento. Apartamento da família de Juliane em Cascavel (PR) Reprodução: g1 Imagens que circularam nas redes sociais à época mostraram Juliane do lado de fora do prédio, pendurada em um suporte de ar-condicionado, tentando resgatar os familiares que estavam no imóvel, localizado no 13º andar, no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Sueli teve queimaduras no rosto, nos braços e nas pernas, além de lesões nas vias respiratórias por inalação de fumaça. Ela ficou 11 dias internada no Hospital São Lucas, em Cascavel, e já recebeu alta. Pietro sofreu queimaduras nas pernas e nas mãos e também inalou fumaça; ele foi transferido para Curitiba, onde permaneceu 16 dias internado antes de deixar o hospital no fim de outubro. Um bombeiro que atuou no resgate também sofreu queimaduras e precisou de atendimento médico.