Depois de o governo Lula levar estatais de um longo período de lucro para prejuízos recordes, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse que as empresas públicas brasileiras são um patrimônio nacional e precisam ser preservadas, e não privatizadas. + Leia mais notícias de Política em Oeste Durante evento realizado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 15, Dweck defendeu a permanência dessas empresas como estatais. Esse prejuízo pode acabar sendo cobrado do contribuinte. No caso dos Correios, por exemplo, que tem o maior déficit da história, o governo Lula discute um aporte de recursos públicos, ou seja, do pagador de impostos. Mesmo assim, a ministra defende a manutenção da gestão dessas empresas pelo poder público e disse que o governo deve aprovar em breve um plano de reestruturação para os Correios. “As estatais não são peso na sociedade brasileira. Mas o contrário, são patrimônio do povo brasileiro e um ativo para o desenvolvimento sustentável com responsabilidade econômica, ambiental e social”, disse a ministra, segundo a Agência Brasil. Ministra culpa gestões anteriores por crise nos Correios Sobre os Correios, a ministra disse que a financeira é reflexo de um setor que enfrenta desafios globalmente. Segundo ela, a obrigação constitucional de universalizar o serviço postal em todos os municípios impõe custos elevados à empresa. Para ela, é necessário fazer uma reestruturação para garantir a viabilidade dos Correios. A ministra de Lula atribuiu parte das dificuldades dos Correios à inclusão da empresa em listas de potenciais privatizações por gestões anteriores, o que dificultou investimentos e modernização. Dweck criticou análises que generalizam problemas isolados para todas as estatais e citou dados do Banco Central: 23 empresas investiram R$ 12,5 bilhões em 2,5 anos, quase seis vezes mais que os R$ 2,1 bilhões do mesmo período anterior. Ela também voltou a dizer que das 20 empresas que compõem a estatística fiscal, 15 estão registrando lucro em 2025 e que os déficits parciais decorrem, em boa parte, do aumento de investimentos. A derrocada das estatais no governo Lula Entretanto, ela não explicou como, em dois anos, o governo Lula conseguiu reverter os lucros consistentes das estatais federais para prejuízos históricos. O lucro das estatais passou de R$ 182 bilhões em 2022, último ano de Jair Bolsonaro, para um déficit de R$ 6,35 bilhões até outubro deste ano. Resultado das estatais federais ano a ano 2021: lucro R$ 187,7 bilhões, quase o triplo do ano anterior; 2022: lucro de R$ 250 bilhões, um valor recorde impulsionado principalmente pela Petrobras; 2023: lucro de R$ 182 bilhões, uma queda de 24% em relação a 2022; 2024: déficit de R$ 6,7 bilhões, o pior resultado anual desde 2009; 2025: déficit de R$ 6,35 bilhões até outubro, aproximando-se do pior resultado da série histórica. O post Ministra de Lula diz que estatais são patrimônio nacional apareceu primeiro em Revista Oeste .