Motoristas do transporte coletivo estão no segundo dia de greve em Campo Grande Diego Queiroz/ TV Morena A Justiça do Trabalho decidiu endurecer as medidas contra o sindicato dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande após constatar o descumprimento da ordem judicial que determinava a circulação mínima de 70% da frota de ônibus durante a greve. Inicialmente, havia sido fixada uma multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento da decisão. No entanto, segundo o Tribunal, a penalidade não surtiu efeito. Uma certidão elaborada por uma oficial de Justiça confirmou que os ônibus não circularam de forma regular, mesmo com o sindicato tendo sido comunicado oficialmente da determinação. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Na decisão, o magistrado destaca que a multa tem caráter coercitivo, ou seja, serve para obrigar o cumprimento da ordem judicial — e não como indenização. Diante do que classificou como descumprimento deliberado e injustificado, a Justiça considerou que houve afronta à autoridade do Judiciário e prejuízo direto à população, já que o transporte coletivo é um serviço público essencial. Com isso, a multa foi majorada para R$ 100 mil por dia de descumprimento. O juiz afirmou que a paralisação total compromete direitos fundamentais da coletividade e esvazia a eficácia da decisão judicial. LEIA TAMBÉM: Greve de motoristas de ônibus entra no segundo dia em Campo Grande, mesmo sob multa de R$ 20 mil Greve dos ônibus: entenda se patrão pode descontar o dia ou deve pagar transporte alternativo Greve dos ônibus: motoristas mantêm paralisação nesta terça (16) em Campo Grande Além do aumento da multa, o presidente do sindicato dos trabalhadores passou a ser citado nominalmente na decisão. Segundo o despacho, ele pode, em tese, responder pelo crime de desobediência à ordem judicial, previsto no artigo 330 do Código Penal. A Justiça determinou a intimação imediata do sindicato e de seu presidente, autorizando, inclusive, o uso de força policial, caso haja resistência ao cumprimento da ordem. A decisão tem força de mandado judicial e deve ser cumprida com urgência. A greve segue impactando cerca de 110 mil usuários do transporte coletivo na capital sul-mato-grossense. Enquanto a administração municipal e a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) afirmam que não há inadimplência e que todos os repasses estão em dia, o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo, sustenta que a paralisação é consequência de uma dívida acumulada desde 2022, relacionada ao descumprimento de um termo aditivo do contrato. Justiça endurece e multa greve de ônibus em R$ 100 mil por dia em CG Diego Queiroz/ TV Morena Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: