Associação que faz um terço dos exames na rede municipal de SP interrompe atendimento A Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip), que realiza cerca de um terço dos exames na rede municipal de saúde de São Paulo, interrompeu nesta terça-feira (16) o atendimento em cinco hospitais e em 111 UBSs (unidades básicas de saúde) na capital. A decisão impacta 200 mil pacientes por mês, período em que a entidade costuma realizar 2 milhões de exames. Entre os hospitais estão o Tide Setúbal, em São Miguel, e o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, na Bela Vista. A Prefeitura de São Paulo disse que elaborou um plano de contingência e que nenhum atendimento será interrompido, pois as unidades envolvidas absorverão integralmente a demanda. A instituição alega que a prefeitura não pagou o equivalente a 8 meses de serviço, cerca de R$ 120 milhões entre 2024 e 2025. É a primeira vez que isso acontece. A prefeitura, no entanto, informou que pagou, neste ano, mais de R$ 212 milhões para a associação, referentes a repasses indenizatórios e contratuais. Acrescentou que há valores adicionais em fase final de conferência e liquidação, estimados em R$ 102 milhões, e que esse prazo segue "integralmente os ritos previstos na legislação vigente e previamente comunicados à associação". A AFIP confirmou que a prefeitura fez esses pagamentos, mas disse que seriam referentes a outros contratos. A entidade, que presta serviço para a prefeitura há cerca de 20 anos, faz exames laboratoriais, como sangue, fezes e urina, e informou que já retirou os equipamentos usados e realocou funcionários para outros locais. Associação que faz um terço dos exames na rede municipal de SP interrompe atendimento, impactando 200 mil pacientes Reprodução/TV Globo