Em novembro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um relatório alertando que a gonorreia está se tornando cada vez mais resistente aos antibióticos. E neste mês, novos antibióticos para o tratamento da doença foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos: zoliflodacina e gepotidacina. Quando a mente avisa do perigo: roer as unhas, procrastinar e outras formas de autossabotagem O que é a síndrome vasovagal? Condição que fez Oscar, jogador do São Paulo, encerrar carreira A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Ela pode levar à doença inflamatória pélvica, que pode levar à retirada do útero ou das trompas em mulheres, assim como pode resultar em infertilidade em ambos os sexos. As aprovações foram precedidas por bons resultados nos estudos. Em um trabalho publicado na revista científica Lancet, a zoliflodacina alcançou 90% de cura de infecções por gonorreia genital. O antibiótico foi criado a partir de um projeto de pesquisa sem fins lucrativos para o desenvolvimento de antibióticos, uma colaboração da organização sem fins lucrativos Global Antibiotic Research & Development Partnership (GARDP) e da farmacêutica Innoviva. A pesquisa contou com participantes de ao menos 930 de diversos países, incluindo África do Sul, Tailândia e Estados Unidos. Além disso, não foram relatados problemas de segurança envolvendo o remédio. Já a gepotidacina foi desenvolvida pela farmacêutica GSK. Ela foi apresentada pela primeira vez na Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID), na Áustria, em abril deste ano. E os resultados foram publicados na revista científica Lancet. De acordo com os pesquisadores, o antibiótico se mostrou tão bom quanto os tratamentos padrões utilizados para combater a gonorreia. "A gepotidacina é um novo tratamento antibacteriano oral com potencial para se tornar uma opção alternativa para o tratamento de infecções gonocócicas", escreveram. Como a gonorreia é transmitida? A transmissão pode ocorrer através qualquer contato com órgãos genitais infectados durante a relação sexual, seja de forma oral ou anal. Por isso, a principal maneira de se prevenir contra essa infecção sexualmente transmissível (IST) é usando camisinha ao fazer sexo. Sintomas da gonorreia Os sintomas da gonorreia variam entre mulheres e homens. Segundo especialistas, 80% dos casos de gonorreia em mulheres são assintomáticos. O diagnóstico costuma vir após a descoberta de que o parceiro de relações sexuais testou positivo para a IST. No entanto, alguns sintomas podem surgir: Dores no baixo ventre (pé da barriga); Corrimento amarelado fora do período menstrual; e Dor e sangramento durante a relação sexual. No caso dos homens, os sintomas tendem a aparecer no período entre dois e sete dias após a infecção. São eles: Dor e ardência ao urinar; Eliminação de pus e corrimento saindo do pênis; e Dor nos testículos.