Autoridades australianas informaram que os terroristas responsáveis pelo atentado neste domingo , 14, em Sydney, passaram quase um mês nas Filipinas pouco antes da ação criminosa. A revelação reforça principalmente as suspeitas de ligação ideológica com o Estado Islâmico. Da mesma forma, amplia a cooperação internacional nas investigações sobre o ataque que matou pelo menos 15 pessoas e é um dos mais graves do país nas últimas décadas. Conforme dados oficiais de imigração, os terroristas entraram nas Filipinas no início de novembro e permaneceram no país até o fim do mês. O destino que eles declararam foi a cidade de Davao, na ilha de Mindanao. Por anos, a região concentrou a atuação de grupos armados islâmicos com ligação direta ao Estado Islâmico, como facções remanescentes do Abu Sayyaf. Polícia investiga rotina de terroristas A viagem ocorreu poucas semanas antes do atentado e tornou-se elemento-chave para compreender o processo de radicalização dos agressores. Investigadores apuram se, durante a estada, eles mantiveram contato com militantes, participaram de encontros ideológicos ou tiveram acesso a material de propaganda extremista. https://twitter.com/crisdemarchii/status/2000188422523400468?s=20 Autoridades filipinas afirmaram que, até o momento, não há indícios de que os suspeitos receberam treinamento militar formal ou participaram diretamente de atividades armadas enquanto estiveram no país. Ainda assim, especialistas em segurança alertam que a região pode funcionar como ponto de inspiração, doutrinação ou conexão informal para indivíduos já radicalizados. Leia também: “O racismo anti-Israel” , reportagem publicada na Edição 300 da Revista Oeste As autoridades classificam o ataque em Sydney como terrorismo sob motivação de extremismo religioso e ódio. No local, a polícia encontrou símbolos associados ao Estado Islâmico e indícios de planejamento prévio, o que reforçou a hipótese de inspiração jihadista. Depois da ação, um dos agressores morreu durante a intervenção policial . O segundo criminoso, que abriu fogo contra pessoas que participavam de uma celebração judaica no leste da cidade, foi preso e segue sob custódia hospitalar. A polícia australiana trabalha agora para reconstruir a cronologia dos fatos, identificar possíveis facilitadores e avaliar falhas nos mecanismos de monitoramento de indivíduos com histórico de radicalização. https://www.youtube.com/watch?v=LekPkqEIvQ4 O caso reacendeu o debate sobre terrorismo transnacional, vigilância de viagens internacionais e cooperação entre serviços de inteligência. Mesmo com o enfraquecimento militar do Estado Islâmico em várias partes do mundo, autoridades admitem que a disseminação ideológica e a atuação descentralizada continuam representando um desafio para a segurança global. + Leia mais notícias de Mundo na Oeste O post Terroristas passaram por reduto do Estado Islâmico antes de ataque na Austrália apareceu primeiro em Revista Oeste .