Considerados decisivos para a eleição de 2026, eleitores independentes demonstraram maior preferência por governadores de direita interessados em disputar o Planalto do que pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em cenários de segundo turno estimulados contra o presidente Lula (PT). Os dados são da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, a primeira realizada desde o anúncio do filho "01" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como pré-candidato à presidência. Formado por eleitores que não têm identificação com a esquerda ou com a direita, o grupo deu a vitória a Lula em 2022 e tenderia a apoiá-lo novamente no ano que vem (37%) caso ele disputasse contra Flávio (23%), apesar de cerca pouco mais de um terço (34%) afirmar que não iria comparecer ao pleito ou que votaria branco ou nulo. A diferença entre o apoio dado ao candidato de direita e ao petista, no entanto, diminui ao serem testados os governadores. No comando do Executivo de São Paulo e cotado como presidenciável pelo Centrão, Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria 29% contra os mesmos 34% de Lula. A distância é ainda menor para Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, que registraria 31% ante os também 34% do petista. Já Ronaldo Caiado (União), de Goiás, teria empate numérico com Lula, com ambos aos 29%. O único a passar numericamente o petista, entre os eleitores independentes, seria o mineiro Romeu Zema (Novo), que teria 32% das intenções de voto, enquanto o petista registraria 21%. A pesquisa também mostra que, dentro do segmento, 56% consideram errada a escolha de Flávio como sucessor de Bolsonaro, índice maior que a média geral (54%) e só não é maior que os percentuais de lulistas (78%) e os que se identificam com a esquerda não lulista (71%) que avaliam a decisão como equivocada. Entre os independentes, 70% também afirmam que "não votariam de jeito nenhum" no senador, enquanto 20% admitem a possibilidade e 6% veem o apoio a ele no ano que vem como uma certeza. Questionados se Tarcísio errou ao declarar apoio a Flávio, 45% dizem que sim, outros 31% falam que não e 24% não responderam. Perguntados se Caiado e Zema estão certos em manterem em suas candidaturas, 49% afirmaram que eles "estão certos", 26% alegaram que eles "fizeram errado" e 25% não responderam.