Porto Rico, República Dominicana e México se recusaram a participar da Série Caribenha de 2026 na Venezuela, anunciou nesta segunda-feira a Confederação Caribenha de Beisebol (CBPC), acrescentando que está avaliando "alternativas disponíveis" para sediar o torneio regional. Segundo a CBPC, as ligas citaram "situações externas fora de seu controle", em meio a uma escalada militar dos Estados Unidos no Caribe que, segundo o presidente venezuelano Nicolás Maduro, visa derrubá-lo e se apoderar do petróleo do país. Leia mais: Venezuela acusa Trinidad e Tobago de ajudar EUA em 'roubo' de petroleiro no Caribe 'Estado Quartel': desafio para Trump, poder cívico-militar da Venezuela é mantido com vigilância para detectar oficiais rebeldes A liga venezuelana garantiu no início de dezembro que estava em condições de organizar o torneio anual. Pouco antes disso, os Estados Unidos enviaram o maior porta-aviões do mundo para o Caribe, juntamente com outros navios de guerra, caças e milhares de militares. O país alega que a medida visa combater o narcotráfico e, desde setembro, bombardeou cerca de 20 embarcações suspeitas de tráfico de drogas, resultando em quase 100 mortes. Nesse contexto, o torneio regional de beisebol foi organizado em Caracas e na cidade turística vizinha de La Guaira. Além dos representantes de Porto Rico, da República Dominicana e do México, equipes de Cuba, Panamá e Japão participarão como convidadas (elas não são membros da CBPC). As condições logísticas pioraram ainda mais quando as companhias aéreas estrangeiras suspenderam as operações com a Venezuela em resposta a um alerta da autoridade de aviação dos EUA, em novembro, sobre o aumento da atividade militar no Caribe. Somente aeronaves com bandeira venezuelana operam nessa região. "O CBPC continua a avaliar a situação de forma responsável, considerando as várias alternativas disponíveis", afirmou a organização, sem retirar formalmente a sede do país. A Venezuela sediou a Série do Caribe pela última vez em 2023.