Alerj exonera auxiliares de Rodrigo Bacellar

O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) , Guilherme Delaroli (PL), exonerou nesta terça-feira, 16, quatro auxiliares ligados ao presidente afastado Rodrigo Bacellar (União Brasil) . As demissões foram publicadas em edição extra do Diário Oficial e ocorreram depois da nova fase da Operação Unha e Carne, da Polícia Federal , que investiga o vazamento de informações sigilosas. Entre os exonerados está Rui Carvalho Bulhões Júnior, chefe de gabinete de Bacellar e um de seus principais articuladores na Casa. Bulhões é sócio do deputado em uma empresa de eventos e, segundo a TV Globo, foi alvo da operação deflagrada nesta terça. Outros afastados pela Alerj Sede histórica da Alerj | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Também deixaram os cargos o diretor-geral da Alerj, Marcos de Brito, o procurador Robson Maciel e Márcio Bruno Carvalho, assessor especial do plenário. Brito foi um dos primeiros nomes escolhidos por Bacellar ao assumir a presidência da Assembleia; durante sua gestão, a mulher do desembargador preso Macário Júdice Neto trabalhou na Alerj. A decisão de Delaroli foi tomada depois da segunda fase da operação, que voltou a cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Bacellar. O avanço das investigações levou o presidente interino a acelerar a reformulação da cúpula administrativa, para evitar que o caso contamine a gestão da Casa. Na sexta-feira, Delaroli já havia sinalizado que promoveria mudanças, caso necessário. A nova etapa da operação funcionou como gatilho para uma troca imediata de cargos estratégicos. De acordo com o jornal O Globo , entre aliados de Bacellar, o clima é de apreensão. Parlamentares avaliam que novas exonerações podem ocorrer e enfraquecer o grupo que orbitava o presidente afastado. Um dos nomes que chamam atenção é Marcos André Riscado Brito, nomeado diretor-geral da Alerj em fevereiro de 2023. Ele era considerado o homem de maior confiança de Bacellar e ocupava um dos cargos mais estratégicos da estrutura administrativa, com salários médios de R$ 18 mil. Detalhes da operação A Operação Unha e Carne apura o vazamento de informações da Operação Zargun para integrantes do Comando Vermelho. Um dos principais alvos é Bacellar, que já havia sido preso na primeira fase e solto na semana passada pelo plenário da Alerj. Ele segue afastado da presidência, usa tornozeleira eletrônica e cumpre medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal . Nesta fase, a PF prendeu o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do TRF-2, apontado como responsável por repassar dados sigilosos para beneficiar o ex-deputado TH Joias, investigado por ligação com a facção criminosa. A defesa de Macário afirmou que Moraes foi “induzido a erro” ao determinar a prisão e disse que pedirá a soltura após ter acesso à decisão. O post Alerj exonera auxiliares de Rodrigo Bacellar apareceu primeiro em Revista Oeste .