Taiwan afirma que governo americano aprovou venda de armas por US$ 11,1 bilhões

O governo de Donald Trump aprovou a venda de armas no valor de 11,1 bilhões de dólares (61 bilhões de reais) para Taiwan, o segundo lote desde que o presidente americano retornou à Casa Branca em janeiro, informou nesta quinta-feira (18) o governo de Taipé. A ilha de regime democrático trabalha para aumentar os gastos militares, enquanto as tensões são cada vez mais intensas com a China, que reivindica Taiwan como parte de seu território e não descarta a possibilidade de tomar seu controle, inclusive pela força. Segundo o Ministério da Defesa taiwanês, o pacote aprovado por Washington inclui oito itens, incluindo sistemas de foguetes HIMARS, projéteis antitanque, drones e peças para outros equipamentos militares. O anúncio irritou a China, que fez um apelo para que Washington deixe de fornecer armas à ilha de governo autônomo. "A China pede ao governo dos Estados Unidos que cumpra o princípio de uma só China (…) e pare imediatamente com as perigosas ações de armar Taiwan", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun. Washington não reconhece Taiwan como país, mas é o maior responsável pela segurança da ilha. Os fornecimentos de armas também atuam como um elemento de dissuasão fundamental contra um possível ataque de Pequim. "Esta é a segunda venda de armas a Taiwan anunciada durante o segundo mandato da administração Trump, o que demonstra mais uma vez o firme compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Taiwan", afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Taipé. O Ministério da Defesa indicou esperar que a venda entre em vigor oficialmente em aproximadamente um mês. Embora o acordo ainda precise da aprovação do Congresso dos Estados Unidos, é pouco provável que seja vetado, devido ao consenso entre os partidos sobre a defesa de Taiwan. O governo do presidente taiwanês, Lai Ching-te, se comprometeu a aumentar os investimentos em tecnologia militar diante das pressões chinesas. A ilha tem a sua própria indústria de defesa, mas o seu Exército seria amplamente superado em um conflito com a China, razão pela qual continua a depender em grande medida das armas americanas. AFP