Banco Central vê inflação alcançar meta de 3,0% no primeiro trimestre de 2028

As projeções oficiais de inflação do Banco Central apontam que a inflação vai alcançar a meta de 3,0% no primeiro trimestre de 2028, segundo a atualização divulgada no Relatório de Política Monetária publicado nesta quinta-feira. No documento anterior, de setembro, a projeção para o mesmo período era de 3,1%. A instituição espera que o IPCA - índice oficial de inflação - tenha o seguinte comportamento: feche 2025 em 4,4%, acima do teto; fique em 3,5% no fim de 2026; atinja 3,2% no terceiro trimestre de 2027 chegue a 3,1% no encerramento de 2027; alcance 3,0% no primeiro trimestre de 2028. A meta é de 3%, com limite de tolerância de 1,5% a 4,5%. O cenário de referência do BC leva em conta as projeções para a Taxa Selic do Boletim Focus na semana anterior ao Copom, que aconteceu nos dias 9 e 10 deste mês. Para os cálculos, o colegiado considerou o início do corte de juros em março, com queda a 14,50%, e que a taxa alcançaria 12,25% no término de 2026. A informação trazida pelo RPM é importante para calibrar as projeções para o ciclo de alívio dos juros. Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, maior nível desde julho de 2006. O mercado financeiro se divide entre janeiro e março para a primeira queda. Nas duas reuniões, o horizonte relevante, prazo com o qual o BC trabalha para colocar a inflação na meta, será o terceiro trimestre de 2027. Na reunião da semana passada, o BC disse afirmou que a "estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta". Na ata, divulgada na última terça-feira, a autoridade monetária disse, por sua vez, que está ganhando confiança no processo de desinflação.