Número 2 do Ministério da Previdência é alvo de operação da PF sobre farra do INSS

O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, foi alvo de mandado de prisão domiciliar nesta quinta-feira, durante operação da Polícia Federal que apura um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O cargo exercido por ele é abaixo apenas do ministro. Também são alvos dessa operação o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, e Romeu Carvalho Antunes, filho do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva no Distrito Federal, Maranhão, estado do senador, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Minas Gerais. Segundo a PF, as ações buscam aprofundas as investigações e "esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial". A operação está sendo feita em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Em maio, O GLOBO mostrou um dos principais personagens do escândalo das fraudes no INSS, o "Careca do INSS", esteve na casa do senador, em Brasília, durante um "costelão" (churrasco de costela). Os dois também já se encontraram no Senado. Dados sobre os gabinetes visitados por Antônio Antunes foram solicitados, mas o Senado, presidido por Davi Alcolumbre (União-AP), nunca autorizou passá-los.