Céu vigiado? Moradores de estado dos EUA relatam avistamentos de OVNIs sobre usina elétrica há mais de um ano

O xerife do Condado de Sweetwater, no Wyoming, afirmou estar perplexo com uma série de objetos voadores não identificados que vêm sendo avistados há mais de um ano sobre a usina nuclear Jim Bridger e áreas do Deserto Vermelho. Segundo autoridades locais, os registros se repetem há cerca de 13 meses e passaram a fazer parte da rotina da pequena comunidade. Cometa interestelar 3I/Atlas tem aproximação máxima da Terra nesta sexta e vai embora para sempre De acordo com o porta-voz do gabinete do xerife, Jason Mower, John Grossnickle chegou a observar pessoalmente, em 13 de dezembro, objetos iluminados semelhantes a drones, conforme relatado ao site Cowboy State Daily. “Já fizemos tudo o que podíamos para descobrir o que são, e ninguém quer nos dar nenhuma resposta”, afirmou Mower. Avistamentos viram ‘novo normal’ na região Com o tempo, os relatos deixaram de causar alarme. Segundo o porta-voz, os moradores se acostumaram com a presença dos objetos, e o gabinete do xerife praticamente parou de receber ligações sobre o tema. “É como se fosse o novo normal”, disse. Ele destacou ainda que os objetos voam a milhares de metros de altitude, o que os torna inalcançáveis a partir do solo. Apesar do caráter incomum dos avistamentos, Mower afirmou que não há registros de pânico ou de incidentes envolvendo os moradores. Ainda assim, ressaltou que, caso os objetos representem algum risco, as autoridades locais irão agir. “Se causarem perigo, fiquem tranquilos… certamente agiremos de acordo”, declarou. Os primeiros relatos em Sweetwater ocorreram em um contexto mais amplo de preocupação nos Estados Unidos. No mesmo período, o estado de Nova Jersey foi palco de uma onda de avistamentos que gerou histeria coletiva, com drones iluminando o céu noturno. Meses depois, uma empresa privada afirmou ter sido responsável pelo episódio, ao revelar, durante a Cúpula de Sistemas Aéreos Não Tripulados do Exército, em Fort Rucker, em agosto, que havia lançado os objetos para testar capacidades operacionais, segundo o New York Post. Na ocasião, um funcionário da empresa — cujo nome não foi divulgado — teria afirmado que o trabalho não precisava ser comunicado ao público por se tratar de um contrato governamental privado. Já dados do Escritório de Gerenciamento de Emergências do estado apontam que cerca de 964 avistamentos de objetos voadores foram registrados entre 19 de novembro e 13 de dezembro de 2024. Em âmbito federal, o tema também foi abordado oficialmente. Na primeira coletiva de imprensa do segundo mandato do presidente Donald Trump, em 28 de janeiro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que a Administração Federal de Aviação (FAA) havia autorizado o uso de drones e que eles não representavam ameaça à segurança nacional. A FAA atribuiu os relatos a drones comerciais e recreativos, operações policiais, aeronaves tripuladas, helicópteros e até estrelas confundidas com drones. Ainda assim, diante da continuidade dos registros, a agência chegou a impor uma proibição temporária ao voo de drones e alertou que “força letal” poderia ser empregada contra equipamentos que representassem “ameaça iminente à segurança”. O debate se reflete na opinião pública: pesquisa do DailyMail.com com a JL Partners mostrou que 45% dos americanos acreditam que os avistamentos vão além do uso recreativo, sendo que 26% apontam vigilância estrangeira, com suspeitas envolvendo China ou Rússia — hipótese defendida por parlamentares como o republicano Michael McCaul, do Texas. Outros 19% atribuem os casos a drones recreativos, 18% a atividades normais exageradas, 17% a vigilância governamental, 10% a ações de proteção aos cidadãos e 8% afirmam ter certeza de que se tratam de veículos alienígenas.