A Polícia Civil de Rondônia realizou a terceira fase da Operação Descarrilho nesta quinta-feira (18) e desmontou uma célula de uma facção criminosa que atuava em Espigão do Oeste. O foco principal da ação foi entender e desarticular dois mecanismos usados pelo grupo para manter suas atividades: as chamadas “lojinhas” e a “escolinha”. De acordo com as investigações, as “lojinhas” eram pontos de venda de drogas espalhados pela cidade. Esses locais funcionavam como pequenas bases de comércio ilegal, onde os integrantes vendiam entorpecentes e eram obrigados a repassar parte do lucro para a liderança da facção. Esse repasse era sistemático e fazia parte de um esquema organizado, com regras internas e controle rígido para garantir que o dinheiro chegasse à cúpula. Além disso, a polícia descobriu a existência de uma “escolinha”, um núcleo criado para treinar e doutrinar novos membros. Nesse espaço, os integrantes recebiam orientações sobre como agir dentro da facção, aprendiam regras internas, disciplina, hierarquia e até instruções sobre práticas criminosas. A ideia era formar integrantes alinhados às ordens da organização e preparados para atuar de acordo com seus interesses. Durante a operação, foram cumpridos 18 mandados de prisão, 10 mandados de busca e apreensão e 28 medidas cautelares, além de bloqueios bancários determinados pela Justiça. As ações ocorreram em Espigão do Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Vilhena e até no Rio de Janeiro, mostrando que a facção tinha atuação que ultrapassava as fronteiras de Rondônia. A Operação Descarrilho faz parte da Rede Nacional de Combate ao Crime Organizado (RENORCRIM), do Ministério da Justiça. Somando as três fases já realizadas, 87 pessoas foram presas, 162 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e os bloqueios patrimoniais ultrapassam R$ 26,5 milhões. A Polícia Civil reforçou que continuará atuando de forma integrada e estratégica para enfraquecer organizações criminosas e garantir mais segurança à população de Rondônia.