PF pediu prisão de Weverton e apontou que ele se beneficiava de recursos desviados do INSS

A Polícia Federal afirmou que o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, teria se beneficiado de recursos desviados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A conclusão consta da investigação que resultou em uma operação deflagrada nesta quinta-feira na qual o parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão. A PF chegou a solicitar sua prisão, mas o pedido foi negado pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). "A PF aponta (...) que o senador Weverton teria se beneficiado dos valores ilícitos provenientes dos descontos associativos fraudulentos, como também teria relações próximas com os integrantes da organização criminosa investigada na 'Operação Sem Desconto'", diz a decisão do ministro. A representação policial afirma que o senador era "liderança e sustentáculo das atividades empresariais e financeiras" de Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", peça-chave no esquema de descontos indevidos. A relação entre os dois já havia sido mostrada pelo GLOBO em maio. "O enriquecimento de ANTÔNIO, portanto, foi viabilizado por suporte político", diz a PF. Durante as investigações, a polícia encontrou um arquivo em formato Excel intitulado “GRUPO SENADOR WEVERTON” em conversas entre dois funcionários do Careca do INSS. Os investigadores também destacaram que o parlamentar foi fotografado a caminho de uma aeronave que o Careca detinha cotas.