Parte da trajetória turbulenta de Nick Reiner — condenado, nesta semana, pela morte dos pais, o cineasta Rob Reiner e a fotógrafa Michele Singer — está retratada no filme "Being Charlie" (2015). A produção (que estará disponível na plataforma Plex Player, a partir do dia 1º de janeiro) voltou a ganhar os holofotes na esteira da trágica notícia, que vem motivando uma intensa investigação da Divisão de Roubos e Homicídios do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), nos Estados Unidos. Deslize: Flagrada em câmera do beijo do Coldplay, executiva quebra o silêncio e diz que episódio foi 'erro após alguns drinques' Filha de Raul Gazolla: Milla Fernandez repassa em peça a experiência de dois anos no mundo pornográfico O drama biográfico é inspirado na história de Nick Reiner (que, na ficção, ganha o nome de Charlie e é interpretado pelo ator Nick Robinson, coincidentemente com o mesmo nome da figura real) durante a juventude, em período que o rapaz enfrentou a dependência química. Com roteiro assinado pelo próprio Nick Reiner — em parceria com Matt Elisofon, amigo que ele conheceu durante a internação numa clínica de reabilitação —, "Being Charlie" segue os passos de um jovem de 18 anos às voltas com a dependência química e conflitos recorrentes com a família. Filho de um astro do cinema que decide entrar para a política, ele atravessa internações compulsórias, passagens por abrigos e sucessivas recaídas, em meio à busca por autonomia e acolhimento. "Ter que lidar com essas coisas me tornou quem eu sou hoje. Conheci pessoas incríveis enquanto estava sem teto, totalmente fora da minha zona de conforto. Agora estou em casa há muito tempo, readaptado à vida em Los Angeles e à convivência com minha família. Mas foram muitos anos sombrios", contou Nick Reiner, à época do lançamento do filme, em entrevista à "People". O que se sabe sobre o assassinato de Rob e Michele Reiner Rob Reiner e Michelle Singer Reprodução/Instagram De acordo com as autoridades, Rob e Michele Reiner foram encontrados mortos em sua casa, no bairro de Brentwood, em Los Angeles, após uma das filhas do casal localizar os corpos e acionar a polícia. O Departamento de Bombeiros da cidade foi o primeiro a chegar ao local e solicitou apoio, e pouco depois a divisão de homicídios do LAPD assumiu o controle da investigação. Nick Reiner foi preso no mesmo dia em que as mortes de seus pais foram descobertas. As autoridades destacaram que ele não demonstrou tentativa de fuga nem resistência. Na última quarta-feira (17), o promotor distrital de Los Angeles, Nathan Hochman, confirmou que Nick responde por acusações de homicídio qualificado pelo assassinato dos pais, o que pode resultar em pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional ou até mesmo na pena de morte.