O senador Angelo Coronel (PSD-BA) foi o único parlamentar a se abster na votação do PL da Dosimetria. Aprovada nesta quarta-feira (17), a proposta que reduz as penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro contou com 48 votos favoráveis e 25 contrários. O texto agora seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Redução das penas: veja como votou cada partido e senador PL da Dosimetria: entenda em três pontos o que muda com projeto aprovado pelo Senado Há mais de 30 anos atuando na política, Angelo Coronel elegeu-se senador pelo estado da Bahia em 2019, com quase 4 milhões de votos. Antes disso, entre 1988 e 1992, foi prefeito de Coração de Maria (BA), município onde nasceu. Após deixar a prefeitura, concorreu pela primeira vez a uma vaga de deputado estadual em 1994, pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na ocasião, foi o candidato mais votado do partido. Em 1997, no entanto, deixou o PSDB e passou a integrar o Partido Liberal (PL). Nesse pleito, não conseguiu se eleger, ficando como primeiro suplente do partido. Em 2002, candidatou-se novamente a deputado estadual pelo PL, alcançando 56.119 votos e garantindo sua eleição. Em 2017, chegou a presidir a Assembleia Legislativa da Bahia, porém permaneceu no cargo até 2019, quando assumiu o mandato de senador, para o qual foi eleito em 2018. Engenheiro civil de formação, foi também um dos fundadores do seu partido atual, o Partido Social Democrático (PSD), ao qual se filiou em 2011 e permanece até hoje. O PL da Dosimetria também foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com aplicação restrita aos condenados no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro, diferentemente do texto aprovado anteriormente na Câmara, que era considerado mais amplo. A proposta contou com o apoio unânime do PL, partido do ex-presidente, que deu 15 dos 48 votos favoráveis ao projeto. Além disso, outros partidos do Centrão, como União Brasil e Republicanos, também orientaram suas bancadas integralmente a favor do PL da Dosimetria. Em contrapartida, todos os senadores do PT votaram contra a proposta. Houve divisão no posicionamento de algumas legendas, como o MDB: dos 10 senadores do partido que participaram da votação, sete votaram contra a proposta e três a favor. O PSD também se dividiu, com seis votos favoráveis e cinco contrários.