PF suspeita que ex-número 2 da Previdência Social recebeu propina de R$ 50 mil em esquema de desvios de aposentados

A investigação da Polícia Federal indica que o ex- secretário-executivo do Ministério da Previdência Social Adroaldo da Cunha Portal recebeu propina de R$ 50 mil no âmbito do esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com desvio de aposentadorias e pensões. Adroaldo foi exonerado do cargo nesta quinta-feira após ter sido alvo de mandado de prisão domiciliar na Operação Sem Desconto, da PF com a Controladoria-Geral da União (CGU). Conforme a polícia, foi apreendido em abril deste ano na casa de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", um disco rígido com diversas planilhas com o controle de movimentação financeira de associações e de empresas do Antônio. Constavam, também, pagamentos a pessoas físicas e jurídicas, incluindo um registro de R$ 50nmil para "ADRO". A investigação explica que Androaldo foi assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, entre 2019 e 2023. Posteriormente, o ex-número 2 da Previdência ocupou a função de Secretário do Regime Geral de Previdência Social da pasta. Weverton Rocha foi alvo de busca e apreensão na operação desta quinta-feira. A PF apontou na representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o parlamentar teria se beneficiado de recursos desviados do INSS e que o enriquecimento do Careca do INSS "foi viabilizado por suporte político". Desde junho de 2023, Eduardo Portal, filho de Adroaldo, exerce a função de ajudante parlamentar intermediário no gabinete do senador. Conforme a PF, consta movimentações suspeitas envolvendo Adroaldo, o filho e uma servidora do Ministério da Previdência.