As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 4,9 bilhões em novembro de 2025, um crescimento de 11% na comparação com os US$ 4,4 registrados ao mesmo período em 2024. Os dados do setor externo foram divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). Nos últimos 12 meses, o déficit acumulado nas contas externas chegou a US$ 84,3 bilhões, o equivalente a 3,76% do PIB, acima dos US$ 80,2 bilhões (3,62% do PIB) registrados um ano antes. O dado indica uma maior necessidade de financiamento externo para cobrir as despesas do país com o resto do mundo. A queda no saldo da balança comercial — a diferença entre o que o Brasil vende e o que compra de outros países — puxou este déficit. Em novembro,este saldo diminuiu em US$924, segundo o BC. A balança comercial de bens foi superavitária em US$ 5,1 bilhões em novembro, com um aumento de 2,3% nas exportações, que somaram US$28,7 bilhões. As importações de bens cresceram 7,1%, totalizando US$23,6 bilhões nesse mês. A balança de serviços, no entanto, segue avançando em um déficit, que totalizou US$4,5 bilhões em novembro. Investimento Os dados divulgados pelo BC mostram que o Brasil continua atraindo investidores estrangeiros. Os Investimentos Diretos no País (IDP) — que são recursos aplicados em fábricas, empresas e projetos de longo prazo — somaram US$ 9,8 bilhões em novembro, uma alta de 71% em relação aos US$ 5,7 registrados no mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, os investimentos diretos totalizaram US$84,3 bilhões (3,76% do PIB), um recorde para a série histórica