Geração Z: mulheres jovens são mais abertas ao sexo casual que homens, aponta pesquisa

Um levantamento recente do Survey Center on American Life revela uma tendência inesperada entre a Geração Z: mulheres jovens demonstram maior receptividade ao sexo casual do que homens da mesma faixa etária. Os dados desafiam estereótipos tradicionais sobre comportamento sexual e indicam mudanças culturais mais amplas. Sexo na festa da firma? Pesquisa mostra que acontece (e onde) Ranking revela os nomes que lideraram os likes nos apps de relacionamento em 2025 Entre os participantes mais jovens da pesquisa, especialmente mulheres, houve maior aceitação não apenas do sexo sem compromisso, mas também do aborto e de relacionamentos abertos. O resultado chama atenção em um contexto em que relações casuais ainda carregam estigmas, principalmente quando envolvem mulheres em aplicativos de namoro. Apesar de 56% dos norte-americanos entrevistados considerarem moralmente errado manter relações sexuais com alguém pouco conhecido, essa percepção é menos rígida entre os jovens. Há, no entanto, diferenças de gênero: 51% das mulheres da Geração Z veem esse tipo de relação como moralmente errado, contra 57% dos homens da mesma faixa etária. A divergência é ainda maior quando o assunto são relacionamentos abertos. Apenas 46% das mulheres jovens consideram esse tipo de arranjo moralmente errado na maioria ou em todas as situações, enquanto entre os homens esse índice sobe para 57%. Para a terapeuta licenciada Alexandra Cromer, da Thriveworks, esses resultados refletem transformações culturais profundas. Em entrevista à "Newsweek", ela observa que homens da Geração Z tendem a adotar posturas mais conservadoras, enquanto mulheres jovens se alinham com maior frequência a visões políticas e sociais liberais. Segundo a especialista, o maior acesso à informação tem papel central nesse movimento. A educação e o contato com ideias feministas contribuem para que mulheres questionem padrões tradicionais, como a ideia de que sexo casual é algo negativo, e formem opiniões próprias a partir de suas experiências. O estudo entrevistou 5.451 adultos nos Estados Unidos, entre 25 de julho e 1º de agosto de 2025, apresentando margem de erro de 1,59 ponto percentual. Alexandra acrescenta que a exposição a diferentes culturas e perspectivas tende a reduzir visões rígidas sobre moralidade. "Classificar algo simplesmente como 'errado' ou 'ruim' costuma refletir uma visão categórica e limitada", afirma. Para ela, a educação feminista também reforça a autonomia corporal, permitindo que mulheres enxerguem o sexo como uma escolha pessoal legítima. Na avaliação de Cromer, a tendência é que essas mudanças se intensifiquem. "À medida que a sociedade valoriza mais a diversidade de perspectivas e a autonomia individual, veremos uma multiplicidade maior de visões sobre moralidade e relacionamentos", concluiu.