Com a chegada do verão, a combinação de calor e atividade física geralmente resulta em maior transpiração. Suar é ótimo – é o nosso sistema pessoal de resfriamento evaporativo. A maioria de nós transpira pelo menos meio litro por dia, e isso antes mesmo de qualquer exercício intenso. Quanto de proteína eu preciso? Faça o teste e veja o ideal para o seu perfil e a quantidade que cada alimento tem Melancia: fruta é rica em vitaminas e minerais e ajuda a reduzir a inflamação Infelizmente, a transpiração também pode agravar o odor corporal. Para controlar isso, muitos de nós usamos um antitranspirante ou desodorante diariamente. Embora apliquemos ambos nas axilas, os dois produtos são, na verdade, distintos e funcionam de maneiras diferentes. Conhecer essa diferença pode ajudar você a solucionar problemas com seus produtos de higiene pessoal e a ficar livre de odores desagradáveis. O suor não tem cheiro Para entender como os produtos para as axilas funcionam, primeiro precisamos analisar a origem do odor desagradável. O suor que nosso corpo libera é, na verdade, inodoro. Ele provém principalmente de dois tipos de glândulas: écrinas e apócrinas. As glândulas sudoríparas écrinas, responsáveis pela maior parte da transpiração, estão localizadas em quase todo o corpo. Elas tendem a liberar um suor predominantemente aquoso, cuja principal função é a termorregulação. Esse suor também contém eletrólitos e pequenas quantidades de outras substâncias que normalmente não causam mau cheiro. As glândulas sudoríparas apócrinas, encontradas principalmente nas axilas e virilhas, produzem um suor com composição mais oleosa, contendo proteínas, açúcares e óleos. Esse suor também é inodoro inicialmente. Melhora o sabor? Para que serve deixar o bacalhau de molho no leite? No entanto, vários tipos de bactérias que vivem na pele se alimentam desse suor e, ao fazê-lo, produzem substâncias voláteis e odoríferas. Elas causam o odor corporal, e o cheiro de alguns desses compostos pode ser percebido pelo nariz em concentrações de trilionésimos de grama por litro de ar. As glândulas sudoríparas apócrinas tendem a se tornar ativas no início da puberdade. Para combater esses odores, recorremos a antitranspirantes ou desodorantes. Embora tendamos a usar os termos como sinônimos, cada nome descreve, na verdade, a forma precisa como esses produtos funcionam. O que fazem os antitranspirantes De forma geral, todos os antitranspirantes funcionam da mesma maneira. Eles contêm ingredientes ativos que impedem o corpo de liberar suor. Os ingredientes responsáveis por isso são geralmente um de vários sais que contêm metais, mais frequentemente cloridrato de alumínio, sesquicloridrato de alumínio, cloreto de alumínio ou um composto de zircônio-alumínio. Essas substâncias se combinam com água e outras moléculas na glândula sudorípara para formar uma espécie de tampão temporário que impede o fluxo de suor para a superfície da pele. Como resultado, as bactérias presentes na pele ficam privadas das substâncias que digerem para produzir odores indesejáveis. Eles se amarraram com uma corda e ficaram assim por um ano: o que descobriram enquanto viviam juntos os surpreendeu O que os desodorantes fazem Os desodorantes funcionam de maneira diferente: permitem que o suor escorra para a pele, mas impedem que o odor seja liberado ou que se torne detectável. Isso é conseguido com uma variedade de ingredientes diferentes. Alguns desodorantes podem conter agentes antimicrobianos, projetados para reduzir a população microbiana responsável pela produção das moléculas odoríferas. Outros são perfumes, desenvolvidos para mascarar odores indesejáveis. Outros compostos são adicionados ocasionalmente como absorventes de odor para ligar moléculas voláteis e, às vezes, também, para absorver umidade. Por fim, alguns ingredientes ativos podem alterar o nível de pH local da pele, tornando-a menos propícia à proliferação de bactérias. Outras abordagens — atualmente em desenvolvimento — visam inibir a produção de odores pelas bactérias ou neutralizar os precursores de odor antes que as bactérias possam consumi-los. Também há alguma sobreposição Além desses ingredientes principais, você pode esperar que seu produto para as axilas contenha alguns outros aditivos – que atuam como conservantes, proporcionam uma fragrância agradável, auxiliam na aplicação e melhoram a sensação do produto na pele. Se você busca apenas eliminar o odor, um desodorante pode resolver o problema. Se também deseja reduzir a transpiração, um antitranspirante é a solução ideal. Caso esteja em dúvida, muitos produtos combinam as duas estratégias — antitranspirantes com fragrâncias marcantes ou com agentes antimicrobianos são exemplos comuns. Assim como acontece com muitos produtos de consumo, algumas pessoas terão preferências pessoais ou relacionadas a resultados por uma abordagem em detrimento de outra. À medida que envelhecemos e mudamos nossos hábitos, nossos corpos podem reagir de forma diferente a esses produtos, portanto, pode ser necessário fazer alguns testes ou até mesmo buscar aconselhamento médico em alguns casos. E quanto aos desodorantes "naturais"? Pesquisas baseadas em evidências indicam que os antitranspirantes à base de alumínio são seguros e não representam riscos para a nossa saúde. Dito isso, os desodorantes "naturais" são populares por vários motivos. Embora às vezes utilizem ingredientes ativos diferentes em comparação com os desodorantes "comuns", o modo de ação geralmente é o mesmo: antibacteriano, mascaramento do odor, absorção da umidade ou uma combinação desses fatores. Um ingrediente ativo comum em formulações "naturais" é o bicarbonato de sódio, usado para absorver a umidade e o odor, além de modificar o pH das axilas. Certos óleos essenciais, utilizados por suas propriedades antimicrobianas e fragrância, também são ingredientes comuns. É importante ressaltar que um produto ser "natural" não significa necessariamente que seja mais seguro. Na verdade, alguns ingredientes alternativos de desodorantes não foram tão rigorosamente testados quanto à segurança. Outros apresentam os mesmos riscos que suas contrapartes sintéticas – por exemplo, a possibilidade de bactérias desenvolverem resistência antimicrobiana tanto contra ingredientes sintéticos quanto contra os naturais, como os óleos essenciais. * Daniel Eldridge é professor sênior de química na Universidade de Tecnologia de Swinburne * Este artigo foi republicado de The Conversation sob licença Creative Commons. Leia o original.