O presidente Donald Trump discursa durante a cerimônia de entrega da Medalha de Defesa da Fronteira Mexicana no Salão Oval da Casa Branca em 15 de dezembro de 2025 AP Photo/Alex Brandon Democratas do Congresso dos Estados Unidos pediram ao presidente Donald Trump nesta sexta-feira (19) que desista do tarifaço imposto ao Brasil e adote ações que aprofundem as relações com o país. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O pedido ocorreu em uma carta endereçada ao presidente americano e assinada por 50 congressistas do Partido Democrata, oposição a Trump. A carta é datada de quinta-feira, mas será publicada nesta sexta. "Em vez de adotar uma política comercial punitiva equivocada e autodestrutiva com o Brasil, pedimos que vocês trabalhem com o país para promover uma agenda comercial que avance o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental e os direitos dos trabalhadores. Acreditamos que o Brasil é um parceiro importante para os Estados Unidos na América Latina e encorajamos vocês a aprofundar a cooperação com o Brasil", afirmaram os democratas na carta. Os democratas também voltaram a criticar os argumentos utilizados pelo governo Trump para aplicar o tarifaço ao Brasil, entre eles a acusação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira. "Condenamos suas múltiplas e sem precedentes tentativas de minar a democracia no Brasil e seus esforços fracassados para proteger o ex-presidente brasileiro Bolsonaro de ser responsabilizado por tentar um golpe." Derrubada parcial do tarifaço Lula e Trump. Ricardo Stuckert/PR O governo Lula conseguiu, no final de novembro, a derrubada do tarifaço dos Estados Unidos para alguns produtos brasileiros. "A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso", afirmou o presidente Lula. A Casa Branca anunciarou a retirada da tarifa de 40% para mais de 200 produtos brasileiros, entre eles carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. Eles foram incluídos em uma "lista de exceções" do tarifaço aplicado ao Brasil em agosto. A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.