Trump assina decreto para reclassificar a maconha

O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, assinou um decreto que solicita a mudança da classificação da maconha para uma categoria menos restritiva. A medida, oficializada na quinta-feira 18, retira a cannabis da lista das drogas consideradas mais perigosas e sem utilidade médica. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste De acordo com o decreto, a maconha será transferida para a categoria de substâncias com potencial moderado ou baixo de dependência. Pam Bondi, procuradora-geral dos EUA, foi orientada a agilizar o processo de reclassificação no órgão regulador, pois a prerrogativa de alterar categorias de drogas pertence à Administração de Combate às Drogas (DEA) . Repercussão e limites da medida de Trump O presidente norte-americano negou que a iniciativa represente legalização para uso recreativo da droga em âmbito federal. O republicano explicou que a decisão foi motivada por demandas de pacientes com dores crônicas que procuram alternativas de tratamento. “As pessoas me imploravam por isso”, afirmou Trump, ao ressaltar que a proibição para uso não medicinal permanece, segundo a Casa Branca. O presidente enfatizou ainda que a mudança não altera a política de abstinência que defende. A reclassificação, no entanto, sinaliza uma inflexão na postura do governo, alvo de protestos de ativistas pró-legalização, como ocorreu durante a posse de Trump em 2017. À época, manifestantes distribuíram milhares de cigarros de maconha em Washington. https://www.youtube.com/watch?v=rO5sadyUTcQ Nos Estados norte-americanos, a legislação já permite o uso medicinal da cannabis e, em mais de 20, também o uso recreativo. A diferença entre regras estaduais e federais criou obstáculos para empresas do setor, principalmente em operações bancárias e em tributações. A medida não elimina os entraves, mas abre caminho para avanços nas pesquisas científicas sobre a planta. Impactos para pesquisa, saúde e mercado Com a reclassificação, pesquisadores terão menos restrições para estudar os benefícios terapêuticos e os riscos de dependência da maconha. O setor de cannabis , avaliado em dezenas de bilhões de dólares, reagiu com otimismo à decisão. A flexibilização deve ainda ampliar o mercado de produtos à base de canabidiol e diminuir riscos jurídicos para produtores e distribuidores. Leia mais: "A ONU e Lula continuam os mesmos, Trump e o mundo, não!" , artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 289 da Revista Oeste Ainda assim, a ordem executiva não produz efeitos imediatos. A DEA precisa realizar uma análise técnica e científica antes de formalizar a mudança. O processo pode se estender por meses, mas a orientação presidencial pressiona a agência a acelerar a revisão. O post Trump assina decreto para reclassificar a maconha apareceu primeiro em Revista Oeste .