Carol Dieckmann chamou a atenção dos seguidores nesta semana ao aparecer com o rosto visivelmente inchado durante uma viagem à Áustria, onde aproveita a temporada de neve. Os vídeos, publicados nesta quinta-feira, geraram questionamentos nas redes sociais e levaram a atriz a esclarecer que a mudança na aparência não tem relação com procedimentos estéticos, como preenchimentos com ácido hialurônico, mas sim com uma reação natural da pele ao frio intenso. Sexo na festa da firma? Pesquisa mostra que acontece (e onde) Ranking revela os nomes que lideraram os likes nos apps de relacionamento em 2025 Segundo a dermatologista Aline Vieira, médica que acompanha Carol, esse tipo de alteração é comum. “O rosto pode acordar mais inchado no frio, e isso é relativamente frequente”, explica. O clima frio favorece o inchaço facial por diferentes mecanismos. “No frio, os vasos sanguíneos se contraem para preservar o calor corporal. Isso diminui o retorno venoso e linfático, favorecendo a retenção de líquidos, especialmente nas pálpebras e nas bochechas ao acordar”, afirma a especialista. Ela também ressalta que, durante o sono, passamos horas deitados e, com a circulação periférica reduzida, o corpo entra em um modo mais ‘econômico’, o que facilita o acúmulo de líquidos no rosto. Além disso, o frio costuma vir acompanhado de baixa umidade do ar, o que resseca a pele e fragiliza a barreira cutânea. “Isso pode gerar uma microinflamação, que contribui para o edema matinal, principalmente em pessoas que já têm tendência a bolsas na região dos olhos”, diz a dermatologista. Há ainda fatores comportamentais: no inverno, é comum beber menos água, consumir mais sal e se movimentar menos, hábitos que também favorecem a retenção de líquidos. “Durante viagens, como no caso da Carol, há mudança de rotina, alimentação fora de casa e alteração de horários, o que intensifica esse efeito”, completa. Se o frio provoca inchaço, o calor também impõe desafios importantes à pele. “O calor dilata os vasos para dissipar temperatura, deixando a pele mais vermelha, quente e reativa”, explica a médica. São comuns o flushing facial, crises de rosácea, sensação de ardor e de ‘pele pulsando’. O calor ainda ativa mediadores inflamatórios, aumenta o estresse oxidativo e estimula enzimas que degradam o colágeno, processo conhecido como thermal aging. Carol Dieckmann chamou a atenção dos seguidores nesta semana ao aparecer com o rosto visivelmente inchado durante uma viagem à Áustria, onde aproveita a temporada de neve Reprodução/Redes sociais As glândulas sebáceas ficam mais ativas, os poros se tornam mais aparentes e há aumento da oleosidade, acne e irregularidade da textura. “Suor, oleosidade e uso inadequado de alguns dermocosméticos ou protetores solares podem levar à chamada acne do calor”, alerta. Mesmo sem sol direto, o calor isolado já é capaz de estimular os melanócitos e piorar manchas como o melasma. “Muitas pacientes acham que é apenas o sol, mas o calor por si só já agrava essas condições”, reforça. No fim do dia, também pode surgir a sensação de rosto pesado e inchado, causada pela vasodilatação e pelo aumento da permeabilidade vascular. De acordo com Aline Vieira, essas alterações climáticas são frequentemente confundidas com efeitos de procedimentos estéticos, mas existem diferenças claras. “O edema causado pelo clima é macio e afunda quando pressionamos. Já o edema relacionado a preenchimentos tende a ser mais firme, delimitado, podendo apresentar dor, calor local, vermelhidão ou irregularidades”, explica. Além disso, alterações decorrentes de procedimentos costumam surgir dias ou semanas após a intervenção e apresentam volume mais fixo. “As mudanças causadas pelo clima flutuam ao longo do dia e são reversíveis”, pontua. As áreas mais afetadas costumam ser as pálpebras inferiores, a região malar, o sulco nasogeniano e, em alguns casos, a face como um todo, conferindo aspecto cansado. Peles mais sensíveis e reativas sentem esses efeitos com maior intensidade, especialmente pessoas de fototipos claros ou com histórico de rosácea, dermatite atópica, alergias ou barreira cutânea mais frágil. Na maioria das vezes, esse tipo de inchaço relacionado ao clima é passageiro. “Ele faz parte da adaptação normal da pele e dos vasos às mudanças de temperatura e umidade”, tranquiliza a especialista. Ainda assim, é importante ficar atento. “Quando o inchaço dura semanas, não melhora com medidas simples, parece fixo ou piora progressivamente, é fundamental procurar um dermatologista.” Sinais de alerta incluem dor, ardor intenso, endurecimento local, alteração de cor da pele, sensação de peso constante, assimetrias novas ou perda da expressão natural. Para minimizar os impactos do clima, alguns cuidados simples fazem diferença. No frio, a lógica é repor o que a pele perde. “Priorize hidratantes com ceramidas, ácido hialurônico, ácidos graxos, pantenol e niacinamida. Evite água muito quente no rosto, reduza esfoliações e tenha cautela com ácidos e retinoides”, orienta. Já no calor, a recomendação é adaptar as texturas. “Prefira produtos em gel, sérum ou loção, além de protetores solares leves, com proteção UVA e UVB e controle de oleosidade”, diz. Ativos calmantes como aloe vera, centella asiática, madecassoside, niacinamida e água termal ajudam a controlar a inflamação e reduzir a reatividade da pele. No caso de Carol Dieckmann, a dermatologista reforça que o inchaço tende a regredir naturalmente conforme a pele se readapta ao clima e à rotina. “Nem toda mudança no rosto está relacionada a procedimentos. Muitas vezes, é apenas a pele reagindo ao ambiente.”