Um pesquisador de pós-doutorado chinês foi acusado de supostamente contrabandear uma bactéria mortal para os Estados Unidos. Youhuang Xiang tinha visto americano J-1 — visto de não imigrante que permite que candidatos internacionais elegíveis viajem para os EUA e adquiram experiência participando de programas de trabalho e estudo. Segundo o diretor do FBI, Kash Patel, Xiang foi acusado de supostamente contrabandear Escherichia coli (E. coli) para o país e de fazer declarações falsas sobre a bactéria. "Este é mais um exemplo de um pesquisador da China — que recebeu o privilégio de trabalhar em uma universidade americana — que supostamente optou por participar de um esquema para burlar as leis americanas e receber material biológico escondido em um pacote originário da China”, escreveu Pastel na rede social X (antigo Twitter). Não foi revelado para onde Xiang supostamente estava contrabandeando as bactérias, nem com que propósito, mas em sua publicação, Patel agradeceu aos escritórios do FBI em Indianápolis e Chicago. Além disso, também não foi divulgado a cepa da bactéria E. coli que o pesquisador estava tentando levar para os Estados Unidos. "O FBI e nossos parceiros da CBP estão empenhados em fazer cumprir as leis americanas criadas para proteger contra essa ameaça global à nossa economia e ao nosso abastecimento alimentar. Se não forem devidamente controladas, a E. coli e outros materiais biológicos podem causar doenças devastadoras às plantações americanas e prejuízos financeiros significativos para a economia dos EUA”, continuou Patel. A E. coli geralmente é encontrada em carnes malpassadas, laticínios não pasteurizados e produtos crus, como maçãs, pepinos e brotos. Além disso, ela é muito usada em pesquisas, pois é fácil de manipular geneticamente, permitindo a realização de uma ampla gama de experimentos. Em relação ao visto J-1, o status e a categoria do visto de Xiang não foram divulgados. Estrangeiros podem solicitá-lo para trabalhos de au pair, monitor de acampamento, estudante universitário, estagiário, visitante governamental, médico, professor, pesquisador, professor ou estagiário. Cerca de 300.000 visitantes estrangeiros de 200 países e territórios vão os Estados Unidos todos os anos por meio do Programa de Visitantes de Intercâmbio J-1, de acordo com o National Immigration Forum. A duração do visto depende de cada trabalho ou estudo, podendo durar de semanas a alguns anos. Pesquisadores de curto prazo podem ter permissão para permanecer por apenas um dia, enquanto médicos podem ter permissão para ficar em solo americano por até sete anos. “A todas as universidades e seus departamentos de conformidade: fiquem atentos a essa tendência. Certifiquem-se de que seus pesquisadores saibam que existe uma maneira correta e legal de obter uma licença para importar/exportar materiais biológicos aprovados, e que ela deve ser seguida sem exceção. Nossas parcerias contínuas ajudarão a proteger melhor nossa nação e garantir que todas as partes sejam responsabilizadas”, finalizou Patel.