O Ministério Público do Ceará denunciou nesta quarta-feira quatro pessoas por participarem de uma campanha de ódio contra a ativista Maria da Penha Maia Fernandes, que empresta nome à lei que pune casos de violência doméstica. Os envolvidos usaram perseguições virtuais, notícias falsas e um documento público forjado contra a ativista. Política: Tarcísio diz que vai ‘trabalhar com lideranças da direita’ e que objetivo maior é 'derrotar o PT' em 2026 Brasil: Entenda quem pode responder na Justiça por música com apologia ao estupro que foi pivô de confusão em festa de formatura O processo está em sigilo. Segundo o MP, os suspeitos atuaram de forma coordenada e organizada em ataques à honra da ativista em ações que se configuram como intimidação sistemática virtual (“cyberbullying”) e perseguição (“stalking”/”cyberstalking”). A denúncia tramita na na 9ª Vara Criminal de Fortaleza. Segundo o MP, o grupo foi denunciado por falsificação de documento público e uso de documento falso em um documentário. Para o órgão, foi praticada "intimidação sistemática e perseguição, com agravantes como motivo torpe e violência contra mulher cometida contra pessoa de mais de 60 anos". Segundo o MP, a investigação foi iniciada em 2024 e resultou na Operação Echo Chamber. Em dezembro daquele ano, mandados de busca e apreensão foram realizados no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Um dos alvos também foi proibido de contatar ou se aproximar de Maria da Penha. Já em julho deste ano, novas buscas em Natal apreenderam um pen drive com o laudo adulterado. O documentário, divulgado pelo site Brasil Paralelo, teve a vinculação suspensa.