Perícia médica em Bolsonaro conclui que ex-presidente tem hérnia e necessita de cirurgia A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística que analisou a situação médica de Jair Bolsonaro (PL) concluiu que o ex-presidente tem hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia para tratamento. "Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado JAIR MESSIAS BOLSONARO é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo", diz o resultado da perícia. A perícia afirma que houve "piora progressiva" do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo "aumento da pressão intraabdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica". "O periciando vem se queixando de soluços frequentes e de desconforto inguinal. Em 16/08/2025, o exame tomográfico do abdome não havia detectado alterações herniárias na parede abdominal. Em 07/11/2025 foi descrito em relatório o quadro de hérnia inguinal unilateral, realizado clinicamente, e que se manteve no relatório de 09/12/2025. A ultrassonografia de 14/12/2025 e o exame físico realizado por esses peritos signatários confirmaram o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral", diz o documento assinado pelos peritos. Apesar do quadro, os peritos afirmaram que não há em nenhum relatório médico a indicação de necessidade de realização da cirurgia em urgência ou emergência. "Não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia", diz o relatório. Os peritos também analisaram o quadro de soluços de Bolsonaro, que é uma das principais reclamações de saúde do ex-presidente. "No tocante ao quadro de soluços, o bloqueio do nervo frênico é tecnicamente pertinente. Quanto à tempestividade do procedimento, esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal", diz o documento.