Google está na mira de associação espanhola de consumidores por suposta invasão de privacidade

Uma associação espanhola de direitos dos consumidores anunciou na sexta-feira (19) que iniciou ações legais preliminares contra o Google por supostamente coletar dados pessoais sensíveis e violar o direito à privacidade. Veja vídeo: Ferrari branca a la Speed Racer vai a leilão por mais de R$ 390 milhões Não é escandinavo nem superpotência: conheça país do ano de 2025, segundo a revista The Economist A Associação de Usuários da Comunicação (AUC) afirma que o gigante tecnológico americano coletou dados sobre opiniões pessoais, religião ou saúde dos usuários por meio de aplicativos e do sistema operacional Android, sustentando a denúncia com um estudo realizado por um professor universitário radicado em Dublin, na Irlanda. — O que aconteceu aqui é que a tecnologia e a vontade de prestar um serviço prevaleceram, em detrimento da adoção de cautelas para preservar a privacidade das pessoas — disse à AFP Bernardo Hernández, secretário-geral da AUC. — A questão da privacidade já é muito escandalosa porque não se preserva o mínimo — acrescentou, apontando que o Google poderia ter oferecido os mesmos serviços sem coletar "toda uma série de dados [...] excessivos". A AUC informou que pediu aos tribunais de Madri que obtenham os nomes dos usuários de produtos do Google e do Android, e estimou que até 37 milhões de pessoas na Espanha podem ser afetadas. Este é um passo prévio à apresentação de uma ação coletiva contra as subsidiárias Google Spain e Google Ireland, assim como ao cálculo do valor da indenização que poderá ser pleiteada, para o qual será elaborado um laudo pericial. Um porta-voz do Google afirmou, por sua vez, que essas acusações são "incorretas" e que os tribunais deveriam rejeitá-las. — Essa ação pretende de forma equivocada proteger a privacidade dos usuários ao mesmo tempo que exige os dados pessoais de milhões de pessoas sem seu consentimento para preparar ações coletivas especulativas — ressaltou. Em outra ação distinta, um tribunal espanhol condenou em novembro a gigante da tecnologia americana Meta a pagar 479 milhões de euros (3,1 bilhões de reais na cotação atual) mais juros a meios de comunicação locais por concorrência desleal, ao considerar que infringiu as normas de proteção de dados pessoais. Galerias Relacionadas