Vista da cidade de Campinas Marcello Carvalho/EPTV Campinas ocupa a 11ª posição no ranking de cidades com maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo os dados da pesquisa PIB dos Municípios 2022-2023, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, em 2023, a metrópole subiu duas posições, já que ocupava a 13ª posição em 2022. No entanto, outras seis cidades da região que também estão entre os 100 maiores PIBs do Brasil, caíram no ranking. São elas: Paulínia, Indaiatuba, Hortolândia, Louveira, Sumaré e Americana. Veja o ranking. O g1 contatou as prefeituras de todas as cidades mencionadas acima, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno. Campinas: recuperação da pandemia O economista Paulo Ricardo Oliveira, responsável pelo Observatório PUC-Campinas afirma que em Campinas, assim como grandes metrópoles brasileiras, o setor de serviços é um dos destaques na composição da economia. De acordo com o especialista, a melhora no índice tem a ver com a recuperação da economia após a perda de estabilidade durante a pandemia. Tanto é que, em 2020, Campinas ocupava a 10ª posição no ranking nacional, e foi caindo posições até 2023. ✅Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Paulínia e a perda da participação do petróleo na economia Paulínia abriga a maior refinaria de petróleo do Brasil e se destaca tanto pelo tamanho da economia quanto pela riqueza média gerada. O município registrou PIB de R$ 67,06 bilhões, o 19º maior do país, o equivalente a 0,61% do PIB nacional. No entanto, o valor é menor que que o registrado no censo de 2022, quando a cidade registrou R$ 70,4 bilhões e ocupava a 10ª posição. O município perdeu espaço para Campinas. Segundo Paulo Ricardo Oliveira, isso se deve à perda da participação do petróleo na economia brasileira. No entanto, a cidade subiu de posição no PIB per capita, que é calculado a partir da divisão do PIB total pelo número de habitantes, indo do 5º para 4º lugar no ranking nacional em 2023. Isso pode ser explicado pela alta receita derivado da refinaria de petróleo e o pequeno número de habitantes. Leia mais: Paulínia e Louveira estão entre os 10 municípios com maior PIB per capita do Brasil, aponta IBGE 2ª onda de migração de empresas O economista Paulo Ricardo Oliveira afirma que Indaiatuba, Hortolândia, Sumaré e Americana são cidades que se beneficiaram com a chegada de indústrias, vindas de cidades maiores. No entanto, ainda de acordo com o especilalista, já se pode observar uma segunda onda de migração dessas indústrias para cidades ainda mais ao interior. Essa é uma das hipóteses que explicariam a a diminuição do PIB nesses municípios. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas