Me desculpa, Jay Z

‘Só bato em cachorro grande, do meu tamanho ou maior’ é o título do livro mais recente de Cidinha da Silva, ex-presidente do Geledés — Instituto da Mulher Negra, em homenagem a sua fundadora, a filósofa Sueli Carneiro. Cidinha parece escrever com uma pena do pássaro da morte, aquele que sombreou todo o vilarejo. Usando a linguagem (muitas vezes o arame farpado entre o povo e o poder), essa heroína mineira insurgente concatena 81 lições do que chama de “método Sueli Carneiro”. Até lê-lo, eu achava inocentemente que havia feito a declaração de amor mais porrada de 2025 com meu novo disco, “Emicida racional VL. 2 — Mesmas cores & mesmos valores”, que revisita algumas obras dos Racionais MC’s. Engano. Quando o aprendiz está pronto é que surge o mestre. Cidinha reluz numa forma de energia escura semelhante à que dá sustentação ao Universo. Minha mente passeia por seu texto traçando paralelos com Nikola Tesla e sua famosa frase: “Se quer entender os grandes movimentos do Universo, pense nos termos energia, frequência e vibração”. Senti a presença de minha finada mãe, Dona Jacira, na dura e doce como rapadura troca entre as duas mais velhas. Minha veinha diria “essa entende do riscado”. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.