Transplante capilar: entenda como funciona o procedimento feito por famosos como Xuxa, Eduardo Costa e Romário em 2025

Neste ano, o transplante capilar deixou de ser um assunto restrito aos bastidores e passou a ganhar espaço nas redes sociais e na TV, com celebridades assumindo publicamente o procedimento. Xuxa, Eduardo Costa, Tadeu Schmidt e Romário decidiram dar adeus à calvície e compartilhar as transformações. "Quis fazer para mim. Depois da reposição hormonal, comecei a colocar mais testosterona no meu corpo. Meu cabelo começou a cair mais e, com a idade, se intensificou. Se você usa shampoo errado, químicas, ou spray de cabelo, isso faz cair ainda mais", já declarou a apresentadora. Antes cercada de tabu, a técnica hoje simboliza liberdade e autoconfiança, inclusive entre mulheres que enfrentam a alopecia. Ao revelar suas histórias, esses nomes ajudam a normalizar o tema e inspiram outras pessoas a buscar informação e tratamento, reforçando que falar sobre queda de cabelo é, acima de tudo, falar sobre bem-estar. Antes e depois do transplante capilar de Xuxa Reprodução/Instagram Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar, (International Society of Hair Restoration Surgery), indicam que o número de transplantes capilares no mundo cresceu 250% entre 2010 e 2021. Nos dados mais recentes, divulgados pela ISHRS, o número médio de pacientes por membro da ISHRS aumentou 20% desde 2021. Devido ao crescimento do transplante capilar no mundo, a conversa reacende a curiosidade do público sobre a cirurgia: afinal, em quais casos o procedimento realmente funciona e oferece resultados naturais e duradouros? Quais os riscos? Como fazer com segurança? "As técnicas de transplante capilar disponíveis são a FUT (Follicular Unit Transplantation, ou, transplante de unidade folicular) que é aquela onde uma parte do couro cabeludo é tirada, sendo mais antiga, deixa cicatriz, tem um pós-operatório mais difícil e consegue colocar uma quantidade menor de cabelo com um aspecto mais artificial", diz a médica Olivia Ribeiro, especialista em tricologia. "A FUE (Follicular Unit Extraction, ou, extração única folicular), que a gente chama de fio a fio, é a técnica mais moderna que é mais usada atualmente. É tanto retirado quanto implantado fio a fio, a técnica consegue uma colocação maior de fios com aspecto muito mais natural e não deixa cicatriz, considerada a melhor técnica atualmente", continua. Transplante capilar: entenda os riscos e como fazer o procedimento com segurança Freepik Ainda de acordo com a médica, por ser um procedimento cirúrgico, o transplante capilar pode ter riscos como infecção, trombose venosa profunda ecomplicações com anestesia. "O que vai minimizar e impedir que esses riscos aconteçam, primeiro é uma boa avaliação pré-operatória, exames, riscos cirúrgicos e entender e saber todas as questões de saúde do paciente antes de operar. É muito importante operar com um cirurgião e equipe experientes para evitar complicações", explica Olivia. "A cirurgia deve ser feita em um ambiente adequado, cirúrgico e controlado com esterilização e liberação de ANVISA, dentro de um centro cirúrgico com todo o aparato de segurança. Uma vez que tenha sido feito um pré-operatório, exames e uma boa avaliação, é um procedimento muito seguro com um índice de complicação baixíssimo". Sobre o processo de recuperação, a tricologista afirma que o pós-operatório é tranquilo, e que, o repousou deve ser feito nas primeiras 72 horas. "É recomendado também evitar atividade física muito intensa e muito calor. Hidratar-se e alimentar-se bem, e usar a medicação receitada pelo médico", finaliza Olivia.