Momentos de tensão marcaram um voo da Alaska Airlines com destino a Anchorage, no Alasca, quando um passageiro tentou abrir a porta da cabine durante a viagem, a cerca de 13 mil metros de altitude. Segundo documentos judiciais e um depoimento do FBI, Kassian William Fredericks apresentou comportamento impulsivo, afirmou estar tendo alucinações e precisou ser contido por outros passageiros até o pouso da aeronave. Mulher é hospitalizada após levar coice de camelo em espetáculo de Natal em igreja no Texas; vídeo Veja também: Família acusa entregador da Amazon de levar gata durante entrega na Califórnia; vídeo O episódio ocorreu na última quarta-feira, a bordo do voo 87 da Alaska Airlines. De acordo com a declaração obtida pelo FBI, Fredericks correu até a parte traseira da aeronave e passou a tentar forçar a abertura da porta da cabine. Um passageiro que estava sentado algumas fileiras atrás relatou ter encontrado Fredericks “agressivamente tentando abrir a porta traseira da cabine”. Ele conseguiu levantar parcialmente a alavanca da porta antes de ser agarrado e imobilizado. Outros dois passageiros ajudaram a contê-lo e o obrigaram a se sentar novamente. Mesmo assim, Fredericks tentou se levantar repetidas vezes e dizia frases desconexas, como “eu preciso ligar para minha mãe”, além de pedir um cigarro. Em outro momento, questionou: “Como eu quebro a janela? Eu não sei como quebrar”, afirmando em seguida que precisava de ar e “sair dali”. Antes da tentativa de abrir a porta, testemunhas afirmaram ter ouvido o passageiro gritar “parem o avião, parem o avião”, enquanto virava a cabeça de forma agitada. Ao ser questionado se estava bem, respondeu que “eles estão pilotando o avião daqui de trás”, acrescentando: “Não, eles são invisíveis. Eles estão tentando assumir o controle do avião. Vocês precisam impedi-los”. Disneyland Paris: Vídeos de parque tomado por lixo viralizam após greve e geram debate nas redes Ainda segundo o relato, Fredericks chegou a engolir um comprimido com um gole de isotônico, o que, segundo o passageiro que o observava, o que tornou seu comportamento ainda mais descontrolado. Tripulantes disseram às autoridades que não acreditavam que ele estivesse embriagado, mas notaram que agia de forma “estranha e fora do normal”, atribuindo inicialmente os tremores a uma possível condição médica. A tripulação chegou a considerar o uso de algemas plásticas para contê-lo, mas desistiu por temer que a medida agravasse a situação. Embora seja praticamente impossível abrir uma porta de aeronave em pleno voo devido à diferença de pressão, os documentos do FBI ressaltam que a tentativa poderia ter acionado o escorregador de emergência dentro da cabine, colocando passageiros em risco. O piloto acionou as autoridades em solo, e o avião foi recebido pelo FBI, policiais e equipes médicas ao pousar em Anchorage. Fredericks foi escoltado para fora da aeronave e, segundo o relatório, pediu desculpas à tripulação e aparentava estar mais calmo. 'Piloto tudo que tenha rodas ou asas': Saiba quem é Greg Biffle, ícone da Nascar morto em queda de avião nos EUA Já no hospital, um policial ouviu o passageiro dizer a um médico que vinha consumindo álcool “nos últimos nove ou dez dias”, que estava vendo e ouvindo coisas e que “não conseguia se lembrar dos últimos dois anos de sua vida”. Ele também afirmou fazer uso do medicamento prescrito trazodona, indicado para tratar depressão, ansiedade e insônia. Em nota ao jornal New York Post, a Alaska Airlines informou que o passageiro foi banido de voar pela companhia. “Um passageiro a bordo do voo 87 da Alaska Airlines, de Deadhorse para Anchorage, apresentou comportamento errático e tentou abrir uma das portas de emergência”, disse um porta-voz. “O passageiro foi interceptado e contido até que a aeronave pousasse em segurança em Anchorage, onde foi recebida por autoridades e equipes médicas”, complementou. A empresa acrescentou: “O passageiro que causou o incidente foi banido de voar conosco. Agradecemos à nossa tripulação pelo profissionalismo e pedimos desculpas aos clientes por qualquer preocupação causada.” Fredericks foi preso e acusado de interferência no trabalho da tripulação de voo, crime que pode resultar em pena de até 20 anos de prisão.