As investigações da Polícia Federal ( PF ) revelaram que Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, exercia controle efetivo sobre a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca (CBPA). A entidade é apontada como peça central em um esquema bilionário de descontos ilegais nas aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). + Leia mais notícias de Política em Oeste Segundo dados do Portal da Transparência, a CBPA, atualmente sob investigação, arrecadou mais de R$ 220 milhões. Documentos da PF mostram que a entidade transferiu R$ 400 mil para a Federação das Colônias dos Pescadores do Maranhão, presidida pelo deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA). Também teria repassado mais de R$ 5 milhões ao próprio parlamentar. Estrutura da organização do “Careca do INSS” As apurações sugerem que o “Careca do INSS”, preso desde setembro, liderava a organização ao lado de Gabriel Negreiros e Tiago Schettini. “As evidências reunidas na investigação demonstram, de forma clara e consistente, que Gabriel Negreiros, Antonio Camilo Antunes e Tiago Schettini atuam como donos de fato da CBPA”, afirmou a PF. https://www.youtube.com/watch?v=zdUUViV8hzU Negreiros aparece como responsável pelas operações financeiras. Ele administrava empresas usadas para conferir legalidade às transações ilícitas. Também representava a CBPA em contratos com a ACCA Consultoria, pertencente ao “Careca do INSS”. Leia mais: "Oposição reúne assinaturas para prorrogar CPMI do INSS" “Sua atuação, demonstrada pelos intercâmbios de mensagens e pelo material apreendido, o situa como um dos responsáveis pela administração da CBPA com atuação voltada para a prática de fraudes contra beneficiários do INSS”, explicou a PF. Empresa funcionava como fachada De acordo com as investigações, a CBPA funcionava como fachada para contratação de serviços inexistentes. Emitia notas fiscais pela ACCA Consultoria sob orientação de Schettini. Antes da deflagração da Operação Sem Desconto, em abril, Antunes buscou proteger Schettini, sócio em diversas empresas e beneficiário de parte dos lucros do esquema. Leia mais: "A desordem estratégica do governo na CPMI do INSS" , reportagem de Sarah Peres publicada na Edição 300 da Revista Oeste Schettini permanecia fora dos registros e comunicações formais em razão do envolvimento prévio em fraudes no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. “Esse comportamento demonstra não apenas a intenção de blindá-lo, mas, também, o reconhecimento de que sua posição dentro do grupo demandava ocultação para evitar detecção por órgãos de persecução penal”, tratou a investigação. O post PF diz que ‘Careca do INSS’ era dono de entidade que arrecadou mais de R$ 220 mi apareceu primeiro em Revista Oeste .