O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização da cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e abriu uma nova etapa no processo . Com a decisão, divulgada nesta sexta-feira, 19, a defesa terá de informar ao STF a data e o hospital onde o procedimento deverá ocorrer. A cirurgia foi liberada depois do laudo da perícia médica oficial confirmar que Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral. O relatório aponta necessidade de intervenção cirúrgica, mas descarta urgência. Fala-se que o procedimento é eletivo, ou seja, dependente de agendamento prévio. Leia também: “Cirurgia de Bolsonaro tem altos índices de sucesso, dizem especialistas” No despacho, Moraes deixou claro que a iniciativa da cirurgia parte do próprio réu e que, uma vez feita a opção, a defesa deverá apresentar ao STF a programação pretendida. PGR deve se manifestar, sobre cirurgia de Bolsonaro Depois da comunicação formal da defesa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá prazo de 24 horas para se manifestar. Somente depois dessa etapa o ministro Alexandre de Moraes deverá decidir sobre os detalhes logísticos do procedimento. Entre os pontos que ficarão sob análise do relator estão: a forma e o momento da transferência de Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal para o hospital; a possibilidade de acompanhamento por familiares e sob quais condições; e as regras de segurança e custódia durante a internação e o período cirúrgico. Nos bastidores, a expectativa é de que, considerando os trâmites burocráticos, a cirurgia ocorra entre este domingo, 21, e a próxima segunda-feira, 22. https://www.youtube.com/watch?v=FbQToFr01d0 O que diz o laudo médico O exame pericial elaborado pela Polícia Federal (PF) sugere que, embora não seja emergencial, a cirurgia é recomendada pela maioria dos médicos que avaliaram o quadro clínico do ex-presidente. O documento também chama atenção para a persistência de soluços, associados a um bloqueio do nervo frênico. Segundo a perícia, o quadro pode comprometer o sono e a alimentação, além de elevar o risco de agravamento das complicações relacionadas à hérnia. Durante a avaliação, Bolsonaro teria apresentado entre 30 e 40 episódios de soluços por minuto, sem melhora espontânea. A defesa sustenta que os problemas de saúde enfrentados atualmente pelo ex-presidente têm relação direta com as sequelas do atentado a faca sofrido durante a campanha presidencial de 2018. A investigação sobre Adélio Bispo, ex-militante do Psol responsável pela tentativa de assassinato, teve fim precoce. + Leia mais notícias de Política em Oeste https://www.youtube.com/watch?v=rybnChno-9M O post Cirurgia de Bolsonaro: entenda os próximos passos apareceu primeiro em Revista Oeste .