Até onde a engenharia humana pode chegar quando decide desafiar o céu? Desde a Torre Eiffel, em Paris, a corrida por edifícios cada vez mais altos deixou de ser apenas um exercício da construção para se transformar em afirmação de poder, inovação e identidade nacional. Entenda: Justiça determina devolução do Gran Hotel Viena, hotel na Argentina marcado por rumores sobre Hitler e Perón Ao longo do século XXI, arranha-céus como o Burj Khalifa, em Dubai, a Torre de Xangai e as Torres Petronas, em Kuala Lumpur, passaram a simbolizar economias emergentes e cidades reposicionadas no mapa global. Mais do que estruturas verticais, esses edifícios impulsionaram bairros inteiros, atraíram investimentos e se tornaram polos turísticos de alcance internacional. Agora, quando parecia difícil ultrapassar o recorde imposto por Dubai, um novo concorrente surge no Oriente Médio. Na Arábia Saudita, avança o projeto da Torre de Jeddah, concebida para alcançar 1.000 metros de altura e estabelecer um novo patamar na história da arquitetura vertical. De acordo com o Infobae, com fundações já em fase de execução na cidade de Jeddah, o edifício pretende não apenas destronar o Burj Khalifa, mas inaugurar uma era de superarranha-céus em escala inédita. O objetivo declarado é claro: tornar-se a maior referência mundial em arquitetura extrema e inovação estrutural. Um projeto que busca reinventar a arquitetura vertical Assinada pelo escritório Adrian Smith + Gordon Gill, o mesmo responsável pelo Burj Khalifa, a Torre de Jeddah foi desenhada para ir além dos limites atuais. Com 157 andares, a estrutura terá forma esguia inspirada em elementos naturais do deserto, pensada para reduzir o impacto de ventos intensos em grandes altitudes, além de um sistema de elevadores ultrarrápidos capaz de vencer longas distâncias em poucos segundos. Os andares superiores devem concentrar uma das principais atrações do projeto: o mirante mais alto já planejado no mundo, com vistas amplas do Mar Vermelho e da área urbana de Jeddah. A proposta é transformar paisagens antes inalcançáveis em experiências acessíveis a visitantes e moradores. A torre, no entanto, é apenas o núcleo de um plano ainda mais ambicioso. Ela será o centro da Kingdom City, um megaprojeto urbano estimado em quase US$ 20 bilhões, concebido para abrigar mais de 100 mil pessoas em um distrito integrado com hospitais, universidades, residências, hotéis, escritórios e áreas comerciais. Ao apostar em uma estrutura icônica para catalisar desenvolvimento, a Arábia Saudita segue um caminho semelhante ao de Dubai, mas em escala ampliada. A Torre de Jeddah surge, assim, como símbolo arquitetônico de uma estratégia nacional que combina design, tecnologia e poder econômico para reposicionar o país no cenário global — desta vez, a um quilômetro do chão.