O ex-presidente Jair Bolsonaro completa, nesta segunda-feira, 22, um mês preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Desde então, ele tem sido monitorado rigor. Com a saúde debilitada, ele recebe visitas de forma restrita. + Leia mais notícias de Política em Oeste Desde que ele foi detido, a defesa do ex-presidente solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , a prisão domiciliar humanitária para que ele cumpra pena sem abandonar tratamentos de saúde. View this post on Instagram A post shared by Flávio Bolsonaro (@flaviobolsonaro) Moraes permitiu o recebimento de alimentação especial externa, com as marmitas sendo entregues por pessoas previamente cadastradas, sob fiscalização da Polícia Federal (PF) . Por necessidade de uma dieta especial, o ex-presidente se alimenta apenas com comida preparada pela mulher, Michelle. Na sexta-feira, 19, ele autorizou a realização de uma cirurgia no ex-presidente, mas negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente. Durante o primeiro mês de detenção, Bolsonaro permaneceu em uma sala da Superintendência da PF com acesso limitado a familiares, advogados e profissionais de saúde previamente cadastrados. Entre os visitantes autorizados estiveram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Carlos, Flávio, Laura e Jair Renan. Flávio foi visitá-lo quatro vezes. Michelle foi autorizada a realizar visitas permanentes. Nas terças-feiras e quintas-feiras, pode permanecer por 30 minutos, pela manhã. Antes do parecer da PF, que recomendou a cirurgia o quanto antes, a defesa já afirmava que o ex-presidente enfrenta múltiplos problemas de saúde, incluindo condições cardíacas, respiratórias, gastrointestinais, neurológicas e oncológicas. Além de sequelas de traumas e cirurgias anteriores, realizadas em função da facada que ele recebeu em setembro de 2018. De acordo com os advogados, o ambiente prisional não oferece estrutura adequada para monitoramento clínico contínuo ou intervenções emergenciais, aumentando o risco de complicações graves. Pedido de prisão domiciliar para Bolsonaro O pedido de prisão domiciliar, relata o Consultor Jurídico, foi protocolado nos autos da ação penal em que Bolsonaro e outros réus foram condenados pela 1ª Turma do STF por liderarem suposta tentativa de golpe. A prisão na Superintendência ocorreu em função de a PF ter detectado uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Moraes acatou o pedido, sob o argumento de risco concreto de fuga. Três dias depois, em 25 de novembro, a prisão preventiva foi convertida em execução definitiva da pena de 27 anos e 3 meses. Leia mais: "Cirurgia terá como objetivo conter crises de soluço de Bolsonaro, relatam médicos" Além da prisão domiciliar, a defesa solicitou autorização para deslocamentos exclusivos a tratamentos médicos, com comunicação prévia ou justificativa em até 48 horas em casos de urgência. A petição lembra que Moraes já concedeu benefício similar a outro ex-presidente, Fernando Collor, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O senador Flávio Bolsonaro afirmou publicamente ter sido indicado pelo pai como candidato à Presidência em 2026. Enquanto isso, o STF mantém que os cuidados de saúde devem ser prestados sem concessão de benefícios adicionais, permitindo apenas medidas pontuais para preservar o estado clínico do ex-presidente. O post Bolsonaro completa um mês preso em Brasília apareceu primeiro em Revista Oeste .