Tensão na Venezuela impulsiona rali das commodities; petróleo, ouro e prata sobem forte

As tensões geopolíticas ditaram o desempenho das commodities ao longo das negociações desta segunda-feira. O movimento foi impulsionado pela escalada do conflito envolvendo a Venezuela, após o governo Trump intensificar o bloqueio ao petróleo do país. A medida ganhou força depois que a Guarda Costeira dos Estados Unidos interceptou, no último domingo, um terceiro petroleiro na costa venezuelana. Contexto: EUA apreendem novo petroleiro perto da costa da Venezuela, dias depois de Trump declarar bloqueio naval ao país; vídeo 'Feias, caras e ineficientes': Trump suspende contratos de arrendamento de cinco parques eólicos na Costa Leste dos EUA Nesse contexto, os contratos futuros do petróleo Brent — referência para as petrolíferas brasileiras — com vencimento em fevereiro avançaram cerca de 2,65%, com o barril cotado a US$ 62,07. Já o petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência na América do Norte, subiu 2,64% no mesmo vencimento, a US$ 58,01 por barril. Segundo Francisco Monaldi, especialista em energia da Universidade Rice, em Houston, a alta reflete preocupações com a oferta da commodity. — Essa escalada e a fiscalização mais rigorosa apontam para uma redução no volume de exportações. Os próximos dias serão críticos — afirmou à Bloomberg. Initial plugin text Ouro e prata em subidas históricas O movimento de aversão ao risco também impulsionou os metais preciosos. Ouro e prata avançaram para níveis recordes nesta segunda-feira, com a intensificação das tensões geopolíticas dando suporte ao melhor desempenho anual das commodities metálicas em mais de quatro décadas. O ouro subiu mais de 1,5%, superando o recorde anterior de US$ 4.381 a onça, registrado em outubro. A prata avançou até 3,4%, aproximando-se de US$ 70 a onça, reforçando a trajetória que coloca ambos a caminho do melhor resultado anual desde 1979. (com Bloomberg)