A influenciadora Ivy Mena, de 60 anos, eleita pela edição sul-africana da Playboy como a criadora de conteúdo 60+ mais bonita do mundo, apresentou recentemente uma coleção de vibradores voltada a mulheres maduras. Segundo ela, a iniciativa surgiu após receber relatos recorrentes de pessoas com mais de 50 anos que afirmavam nunca ter experimentado um orgasmo. 'Jovem demais': Influenciadora 60+ mais bonita do mundo expõe etarismo após críticas ao modo de se vestir De advogada a estrela internacional: quem é Ivy Mena, eleita a influenciadora 60+ mais bonita do mundo Ivy conta que, com o tempo, passou a perceber um padrão nos depoimentos que recebia, o que a fez encarar o tema com mais seriedade. "São mulheres que me escrevem dizendo que nunca sentiram um orgasmo. Algumas falam disso com culpa, outras com vergonha, como se fosse um erro delas. O que mais me marcou foi perceber que muitas passaram a vida inteira sem se sentir autorizadas a falar sobre prazer, nem consigo mesmas", diz. Ivy Mena usa coleção íntima para discutir prazer feminino Divulgação | CO - Assessoria A influenciadora explica que a coleção íntima que apresentou faz parte de um processo de pesquisa, que ela descreve como um "laboratório". Segundo Ivy, o objetivo é testar diferentes modelos para, futuramente, desenvolver um produto idealizado especialmente para mulheres maduras. "Quando ouvi esses relatos, percebi que o assunto ia além da curiosidade ou do simples consumo de um produto", afirma. "Era sobre abrir uma conversa que nunca aconteceu. Em muitos casos, o silêncio foi maior do que a falta de informação", acrescenta. Para Ivy, a quantidade de mensagens recebidas revela como o prazer feminino continua envolto em tabu, especialmente quando se trata de mulheres mais velhas. "Existe uma vergonha em torno do sexo depois dos 50, como se o desejo tivesse prazo de validade", comentou. Ela também apontou um tipo de etarismo digital, que exclui as mulheres maduras das discussões sobre sexualidade. "Quando ignoramos esse assunto, reforçamos a ideia de que o corpo da mulher só importa enquanto é jovem. Isso precisa mudar", conclui.