Pai de líder de igreja do DF preso por abuso sexual contra adolescentes disse à família de vítimas que crime foi 'brincadeira'

Igreja Batista Filadélfia do Guará Google/Reprodução O pai de Gabriel de Sá Campos, preso por abuso sexual contra adolescentes no Distrito Federal, disse que o crime do filho de 30 anos foi uma "brincadeira" e "ato involuntário", segundo a Polícia Civil. A fala aconteceu após uma das primeiras denúncias feitas contra Gabriel, em dezembro de 2024. A mãe do suspeito ainda confrontou as vítimas menores de idade, sem a presença de responsáveis legais, acusando-os de "falso testemunho", também de acordo com informações repassadas pelos investigadores. Em novembro deste ano, quando a Polícia Civil iniciou as investigações contra o suspeito, um diácono da igreja também caracterizou os crimes como "mal-entendidos" e pedido um "pacto de sigilo". "Problemas da igreja se resolvem na igreja, não na polícia", disse o diácono, segundo depoimentos ouvidos pela polícia. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Gabriel de Sá Campos era líder na Igreja Batista Filadélfia do Guará, onde seus pais são pastores e presidentes. Desde novembro deste ano, a Polícia Civil identificou quatro vítimas. Os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2024, envolvendo adolescentes que tinham entre 10 e 17 anos. Outras oitos possíveis vítimas ainda serão ouvidas pelos investigadores. LEIA AQUI como identificar e denunciar casos de abusos contra crianças e adolescentes. Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar Prisão Gabriel de Sá Campos foi preso na sexta-feira (19) de forma temporária, pelo prazo de 30 dias. Além disso, a polícia cumpriu mandados de: busca e apreensão na casa do suspeito; quebra de sigilos telemático e telefônico dos últimos cinco anos; medidas protetivas, incluindo o afastamento imediato de funções de liderança religiosa e a proibição de aproximação das vítimas. A corporação disse que já apreendeu dispositivos eletrônicos do homem, que serão submetidos à perícia. Suspeito se aproximou de vítimas Segundo as investigações, Gabriel de Sá Campos se aproximada das vítimas através da sua posição de liderança religiosa e sua atuação como ministrante de cursos sobre sexualidade. "A partir dessas atividades, obtinha informações íntimas e explorava vulnerabilidades emocionais, especialmente de jovens em situação de fragilidade familiar, para cometer os abusos de forma recorrente e premeditada", disse a Polícia Civil. O homem convidava as vítimas para encontros individuais e cometia os crimes. LEIA TAMBÉM: FEMINICÍDIO: Homem é preso suspeito de matar mulher no DF; vítima tinha medida protetiva contra ele PAPUDA: Idosa é presa com 'supermaconha' escondida na roupa Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.