Com a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, deixou o Comando Militar do Planalto para cumprir prisão domiciliar. A medida foi determinada nesta segunda-feira 22 . Moraes estabeleceu o uso de tornozeleira eletrônica e impôs diversas restrições. + Leia mais notícias de Política em Oeste O general, condenado a 21 anos de prisão por suposta participação no que vem sendo chamado de “trama golpista”, alegou ter diagnóstico de Alzheimer desde 2018. A defesa solicitou a prisão domiciliar ao citar o agravamento do quadro de saúde, argumento respaldado por laudos médicos entregues ao STF. https://www.youtube.com/watch?v=7A5nWRvUHJQ Restrições e condições da prisão domiciliar De acordo com a decisão, Heleno deve entregar todos os passaportes e terá suspensos os documentos de porte de arma e de CAC. Ele só poderá receber visitas de advogados, médicos e pessoas autorizadas pelo Supremo. Comunicações por telefone, celular ou redes sociais estão proibidas. Leia também: "E os R$ 129 milhões" , artigo de Eugênio Esber publicado na Edição 301 da Revista Oeste O laudo pericial apresentado nesta segunda-feira 22, confirmou Alzheimer em estágio inicial, e destacou limitações cognitivas, com piora de memória, orientação, linguagem e raciocínio. O relatório médico indicou ainda que a permanência em ambiente carcerário aceleraria o declínio cognitivo do ex-ministro. PGR deu parecer favorável ao general Augusto Heleno O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se favorável à medida, ressaltando que “as circunstâncias postas indicam a necessidade de reavaliação da situação do custodiado” e que a prisão domiciliar é proporcional à idade e ao estado de saúde de Heleno. A decisão de Moraes prevê que qualquer descumprimento das regras ou das medidas alternativas resultará no retorno imediato ao regime fechado. Além disso, Heleno precisará de autorização prévia para deslocamentos por motivos de saúde, excetuadas situações de urgência, que ele deverá justificar em até 48 horas. Em nota, o advogado Matheus Mayer Milanez afirmou que “a decisão representa o reconhecimento da necessidade de observância dos direitos fundamentais, especialmente o direito à saúde e à dignidade da pessoa humana”, e confirmou o compromisso do general de cumprir as medidas imposta e permanecer ao lado da família. O post General Heleno começa a cumprir prisão domiciliar apareceu primeiro em Revista Oeste .