Bolsonaro vai passar por cirurgia no Natal; entenda o procedimento que será feito pelos médicos

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu nesta terça-feira ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a cirurgia de correção de uma hérnia inguinal que o ex-mandatário precisa tratar seja realizada no próximo dia 25 de dezembro, em Brasília. Para isso, Bolsonaro precisaria ser internado nesta quarta-feira, dia 24 de dezembro.  Os médicos que acompanham o ex-presidente Jair Bolsonaro detalharam, por meio de nota publicada no último domingo, o procedimento cirúrgico ao qual ele deverá ser submetido nos próximos dias e afirmaram que será necessária internação hospitalar. Segundo a equipe, a intervenção foi indicada após exames apontarem um quadro que exige correção cirúrgica e acompanhamento médico contínuo. Bolsonaro foi diagnosticado com hérnia inguinal bilateral, condição em que parte do intestino se projeta pela parede abdominal na região da virilha, dos dois lados. O problema pode provocar dor, desconforto e risco de complicações caso não seja tratado cirurgicamente. Além disso, os médicos informaram que o ex-presidente enfrenta crises persistentes de soluço, que não responderam a tratamentos clínicos convencionais, o que levou a equipe a avaliar uma intervenção adicional durante a internação. A cirurgia prevista é uma herniorrafia inguinal bilateral, técnica usada para corrigir hérnias nessa região do corpo. O procedimento consiste no reparo da parede abdominal enfraquecida, com o objetivo de impedir que o conteúdo abdominal volte a se projetar para fora. Dependendo da avaliação intraoperatória, pode ser utilizada uma tela cirúrgica para reforçar a área corrigida, método comum nesse tipo de intervenção e que ajuda a reduzir o risco de recorrência da hérnia. Durante a mesma internação, os médicos também planejam realizar um bloqueio anestésico do nervo frênico, estratégia adotada para tentar controlar os episódios de soluço prolongado. A realização da cirurgia foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, depois que uma perícia da Polícia Federal apontou a necessidade da realização da intervenção médica.  A perícia da PF concluiu que Bolsonaro precisa passar pela cirurgia "o mais breve possível", mas apontou que o procedimento precisa ser feito "em caráter eletivo". Por isso, Moraes considerou que não havia urgência e determinou que os advogados sugerissem uma data. Os peritos concluíram que o ex-presidente ficou com uma lesão em um nervo do tronco decorrente de um procedimento cirúrgico, o que está provocando o soluço frequente. É preciso reparar essa área machucada para interromper as crises de soluço.