'Não teve assistência psicológica', diz irmã de vítima de estupro e agressões na Asa Norte, no DF

Mulher é estuprada e espancada na 411 Norte A irmã da vítima de estupro e agressão no pilotis de um prédio residencial da Asa Norte, em Brasília, na madrugada de sábado (20), disse que a mulher recebeu alta ainda na manhã de domingo (21) e não teve apoio psicológico no Hospital de Base, onde ficou internada. "Ela foi tratada com desprezo e, principalmente, com falta de humanidade. A gente sabe que o sistema de saúde é único e deve ser para todos, independentemente de qualquer situação", disse a irmã da vítima, que preferiu não se identificar. A TV Globo questionou o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF, que faz a gestão do Hospital de Base, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Ainda de acordo com a família, a vítima não recebeu o coquetel de profilaxia contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) enquanto estava sendo atendida no Hospital de Base. "É um momento de muita dor ver ela nesse estado. Mesmo com essa situação de desprezo, a gente é muito grato a Deus por ela estar viva, também pelo apoio da Polícia Civil, dos bombeiros e da pessoa que ligou para ter o sossego", disse a familiar. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Quadro de saúde delicado Ainda segundo a irmã da vítima, a mulher continuava debilitada mesmo após a alta hospitalar. A família pediu assistência ao SAMU, que a levou até o Hospital Regional de Taguatinga. "Ela fez uma tomografia da face, que está bem roxa. Ela ficou internada por um período, tomando soro. Ela teve fratura no rosto, tem estilhaço no rosto. Ele [médico] encaminho ao Hospital de Base para que ela possa fazer a cirurgia caso necessário", explicou. Prisão Rafael Silva Lima é acusado de agredir e estuprar uma mulher na Asa Norte, no DF PCDF/Reprodução Rafael Silva Lima, de 19 anos, foi preso em flagrante suspeito de cometer o crime. Segundo a Polícia Civil, tanto a vítima quanto o agressor estão em situação de rua. Em audiência de custódia realizada no domingo (21), a prisão foi convertida em preventiva. Nesta segunda-feira (22), Rafael foi transferido para o Complexo da Papuda. Como pedir ajuda Pelo número 190 da Polícia Militar. Uma viatura é enviada até o local para o atendimento. O número está disponível 24h por dia, todos os dias, e a ligação é gratuita. Pelo número 197 ou pela delegacia eletrônica (clique aqui) da Polícia Civil. O atendimento é gratuito e a denúncia pode ser feita de forma anônima. A denúncia também pode ser feita em qualquer delegacia de polícia. Além disso, o Distrito Federal conta com duas delegacias especializadas, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAM). Assim como as delegacias em geral, elas funcionam 24 horas por dia, todos os dias. São elas: Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM I) Endereço: EQS 204/205, na Asa Sul Telefones: (61) 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673 E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM II) Endereço: St. M QNM 2, em Ceilândia Telefone: (61) 3207-7391; 3207-7408 Pelo número 180 da Central de Atendimento à Mulher, do Ministério das Mulheres. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas. A central oferece orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento, além de registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes. Pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública do DF. O número possui dígito exclusivo para atendimento de mulheres em situação de violência. O canal funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 12h25 e das 13h15 às 16h55. A ligação é gratuita e a equipe está pronta para atender e responder as dúvidas dos assistidos. Medidas protetivas Uma das principais formas de amparo a mulheres vítimas de violência é a medidas protetiva expedida pela Justiça. Ela pode obrigar o agressor a se afastar do lar, não entrar em contato com a vítima e seus familiares ou suspender o porte de armas. As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva. Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção. Segundo o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), a medida protetiva pode ser solicitada por meio da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197. A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz(a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas. Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento é configurado crime. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.