O Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou, nesta segunda-feira, 22, que 23 lotes de café de quatro marcas diferentes não estão adequados ao consumo. O alerta afeta consumidores das marcas Terra da Gente, Jalapão, Made in Brazil e Q-Delícia. Os produtos apresentaram impurezas e matérias estranhas acima do limite legal permitido para cafés torrados. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste Entre os lotes reprovados, 18 pertencem à Terra da Gente, dois à Jalapão, dois à Made in Brazil e um à Q-Delícia. A recomendação da pasta é que quem comprou os cafés interrompa o uso imediatamente. Além disso, a pessoa deve solicitar a substituição, em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor. Impurezas do café e limites legais motivam reprovação Segundo o ministério, a rejeição dos lotes ocorreu depois de testes identificarem materiais alheios ao café, como areia, pedras, sementes de outras plantas, além de cascas e paus provenientes do próprio cafeeiro. O limite máximo de impurezas aceito por lei é de 1%, conforme as regras oficiais do setor. A Solveig, responsável pela marca Terra da Gente, afirmou que os lotes citados não estão mais no mercado. "Todos os lotes atualmente produzidos passam por rigorosos controles de qualidade, com laudos laboratoriais que confirmam a plena conformidade com os padrões legais e de segurança alimentar", declarou a empresa, conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo . Fiscalização amplia apreensões e reforça recomendações O ministério solicita ainda que, se algum produto irregular for vendido, a denúncia seja feita pelo canal Fala.BR. O comprador deve informar nome e endereço do estabelecimento. Além dos lotes impróprios, foram apreendidas mais de 21 toneladas de café torrado e moído em situação irregular em Curitiba , durante uma compra pública realizada no começo de dezembro. https://www.youtube.com/watch?v=6JJX5EF3knE Na mesma fiscalização, embalagens de 500 gramas de vários lotes foram recolhidas, inclusive um já considerado impróprio conforme laudo laboratorial. Em outra ação no Paraná, mais de 1,5 mil pacotes de café, também de 500 gramas, foram confiscados por apresentarem impurezas acima de sete vezes o limite permitido. Os nomes das marcas envolvidas não foram divulgados. O protocolo do ministério determina que, depois da confirmação de fraude por laudo, novas auditorias sejam realizadas nos estabelecimentos produtores. O ministério afirmou ainda que a principal causa das irregularidades está na baixa qualidade da matéria-prima adquirida por torrefadoras, que acabam utilizando resíduos do beneficiamento do café, como palhas e cascas, de forma inadequada na composição do produto final. Leia mais: "O café brasileiro fala inglês, não mandarim" , artigo de Evaristo de Miranda publicado na Edição 282 da Revista Oeste Para evitar riscos, o órgão recomenda que consumidores fiquem atentos à procedência do café, verifiquem cuidadosamente os rótulos e desconfiem de preços muito baixos. O post Governo aponta mais 4 marcas de café impróprias ao consumo apareceu primeiro em Revista Oeste .